Capítulo 51

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Daniel

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Daniel

Sinto a água morna do chuveiro molhar todo o meu corpo, esse é meu refúgio de todos os problemas, quando estou tomando banho sinto que os problemas e decepções do dia são amenizados, considero a hora do banho sagrada, menos quando sinto que estou sendo observado, tenho extremo medo de morrer pelado e a foto do meu corpo nu cai em todas as redes sociais.

Finalmente desligo o chuveiro sentindo uma parte de mim indo embora, a água morninha tava tão boa!

- Merda! - Exclamo ao ver meu celular.

Eu acordei para caminhar um pouco, umas cinco da manhã, meu celular tava descarregado, tinha acabado de chegar umas oito ou nove horas da manhã, nem pensei em olhar o celular antes de entrar no meu banho de 16 minutos, com certeza já tinha uma carga e veria isso o mais rápido possivel. Tinha muitas ligações perdidas de minha prima e várias mensagens dela, amigos e familia.

- Atende Jaqueline - Peço em uma reza silenciosa.

Caixa postal!

Porra, rapidamente entro na conversa para entender o que está acontecendo, tomando um susto ao ler a palavra "faleceu" e "Marcos" na mesma frase, sentei na minha cama lendo e relendo a mesma mensagem várias vezes, não conseguia acreditar! Nunca estamos preparados para um aviso desses, senti uma dor no peito pela morte do namorado da minha prima, mas um desespero pela Jaqueline, poderia não ir muito com a cara dele, mas era um cara legal no final das contas.

- Oi princesa, peguei o celular agora, acabei de saber da noticia, sinto muito amor, desculpa não ter visto antes, aonde você ta? Quero te ver e te dá aquele abraço de urso, me ligue assim que ver a mensagem baixinha - Mando o áudio para ela.

Não sei quantos minutos fiquei falando palavrões ainda sem saber o que fazer, como assim ele estava em fase terminal? Não me lembro da Jaqueline ter me contado isso, mas não a culpo, fiquei muito preocupado com a porcaria da minha sexualidade não enxergando o verdadeiro caos que deveria me preocupar, como fui idiota! Um péssimo gay e primo.

Parei de ficar me lamentando, peguei a chave do carro e corri até o lado de fora com tudo, estava muito apressado, mas percebi que todas as senhoras e vizinhas me olharam com o olho arregalado, revirei os olhos e entrei no carro com tudo, quase gritei ao sentar no carro e sentir a minha pele se arrepiar pelo contato com o couro frio, perai! Como assim o contato da minha pele com o couro?, olhei para baixo e só consegui rir do meu azar.

SECRET: Can I Trust You?Onde histórias criam vida. Descubra agora