_Oi! Por acaso conhece um garoto chamado Daniel? - Pergunto, ainda embasbacada com a beleza daquele ser humano.
- Sim. Na verdade, sou eu. - O pedaço de mal caminho diz, sorrindo para mim. Aposto que estou corada e de boca aberta. Quase consigo sent...
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Leila
- Eu posso explicar! - Exclamo ao ver minha mãe entrar no meu quarto e ela faz cara de nojo.
- Eu quero que explique mesmo! - Diz com raiva e engulo seco,agoraqueeuapanho!
- Olha aqui, aconteceu ta bom? Não deu pra evitar! O meu corpo ardeu em fogo fervente! Com certeza isso já deve ter acontecido com você, quando tinha minha idade, por favor mãe, não me mate! - Digo tudo rapidamente e minha mãe nega com a cabeça.
- Isso não é desculpa Leila, sei que é difícil, mas quero que saiba que estou muito decepcionada com você - Diz e abaixo a cabeça com vergonha - você vai arrumar esse quarto direitinho senhora Leila! Não quero chororo! - Termina e fico confusa.
Uma onda de alívio toma o meu corpo quando vejo que Daniel tinha sumido do chão, não sei como ele fez isso, talvez tenha aberto um buraco no chão e sumido, porque é a única justificativa. Olho pra minha mãe que ainda olhava para meu quarto bagunçado com magoa, seguro a minha feição de felicidade ao ela não descobrir que finalmente perdi a virgindade.
- Vou limpar sim mãe, vou tentar melhorar - Digo sorrindo e ela sai do quarto com um sorriso.
Consigo finalmente respirar e me jogo na cama com tudo, libertando todo o meu nervosismo com esse assunto da minha mãe, mas quase pulo da cama ao ouvir um "ai" de debaixo da cama.
- Daniel? - Sussurro olhando para de baixo da cama.
- Não! É o bichos papão! Cuidado! Vou puxar seu pé! - Diz a voz e rio baixinho.
Logo dou espaço para o garoto enorme que saia debaixo da minha praticamente rolando, quase tenho um ataque de risos quando vejo Daniel cheio de sujeira no rosto e poeira no seu cabelo bagunçado.
- Parece um cara da reabilitação que não toma banho a uma semana - Digo rindo pelo nariz e Daniel me olha com cara de bunda.
- Leila, escute a sua mãe! Da uma faxina nesse quarto! Quase encontro um gato morto lá embaixo da sua cama! - Diz indignado e arregalo os olhos.
- Ele era Branquinho, tinha os olhos meio esverdeados e patas meio tortinhas? - Pergunto e ele franze o cenho.
- Leila, você não espera que eu tenha realmente achado um gato morto não é? - Pergunta frustado e sorrio de nervoso.
- É que uma vez eu perdi um gatinho no meu quarto, nunca mais achei ele - Revelo e ele me olha surpreso.
