II

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Emma encarou as roupas que sua mãe havia trazido, tinha que lembrar de chama-la de Caitlin. Pegou a blusa verde oliva, o short e vestiu, olhou para os pés descalços e suspirou, pegou o tênis branco e calçou, pelo menos eles eram confortáveis.

-Emma.- ela levantou a cabeça e encarou Cisco ao pé da porta.

-Sim?

-O detetive está aqui para te ajudar.- Em arqueia a sobrancelha.

-Pensava que Barry é quem iria me ajudar.

-Como eu já disse, Bar é apenas um CSI. Joe que é um policial.

Ela riu.

-Não faça pouco caso dele,Cisco, ele é um super-herói.

-O que?- Cisco a encarou surpreso e Emma percebeu que falou demais.

-É que...pra mim ele é um herói por tentar me ajudar.- se enrolou na explicação e percebeu que o engenheiro não pareceu tão convencido como ela queria.- Em minha condição, qualquer pessoa é um super-herói.

Emma lançou um sorriso para Cisco ao passar por ele em direção ao cortex. Joe, Caitlin e Barry esperavam por ela, respirando fundo, Emma contou até dez e tentou se controlar para não falar mais do que o necessário.

-Emma, esse é o detetive Joe West,- Caitlin caminhou até a garota e a puxou pelo braço.- ele vai ajudar a achar seus pais.

Emma sorriu para ele.

-Sei que Barry fez algumas perguntas para você.- ela confirmou com a cabeça.- Então só reforçarei elas, ok?

-Ok.

Joe apontou para uma cadeira perto da mesa de Caitlin, Emma se sentou. O detetive pegou seu bloco e a caneta.

Ela pode perceber que seu avô não havia mudado muito, apenas tinha adquirido um tom de grisalho em seu cabelo, ele ainda parecia ser a mesma pessoa doce e dedicada.

Emma enrolou uma mecha do cabelo, enquanto Joe se organizava.

-Nome?

-Emma.- comentou desinteressada.

-Idade?

-Quinze anos.

-Você se lembra algo da noite passada?

-Não muito, apenas de um homem com uma arma.- Emma abaixou a cabeça, não queria olhar nos olhos de Joe enquanto mentia.

-Você poderia descreve-lo?

Ela mordeu o lábio inferior, passou a mão na nuca nervosa. Puta merda.

-Ele era alto, cabelos loiros claro, forte, mas magro.- ela gaguejou enquanto falava. Caitlin e Barry a olharam com pena, enquanto Cisco nem um pouco convencido arqueou as sobrancelhas e disse.

-Você acabou de descrever o Barry.

- Estou confusa.- tentou se justificar.

-Então se esforce mais.- Cisco disse ríspido.

Ele parecia saber que ela escondia algo, não podia ficar ali, se levantou e sai correndo da sala. Foi uma fuga infantil, mas Emma sentia que se seu tio a pressionasse mais ela acabaria cedendo. E ceder não era um opção.

Entrou na primeira sala que viu, se encostou na parede e escorregou até o chão. Merda, ela estava fudida. Passou as mãos pelo cabelo, nervosa, respirou fundo e contou até dez, depois vinte, trinta, quarenta...

-Olha aqui.- ela levantou a cabeça e se assustou com Cisco a sua frente.- Caitlin me mandou aqui, porque, segundo ela, eu fui grosso de mais com você, e que no seu estado você precisa de cuidado e paz.

Em rota de colisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora