Toda história tem um começo, meio e fim, se não tiver pelo menos um dessas três características não poderá ser uma história.
A vitrine da loja estava destruída, a colisão havia sido frontal, ou seja, todo a força do impacto havia recaído sobre o motorista e o passageiro da frente, mas graças aos céus os Airbag haviam se ativado e tanto Íris como Camille estavam com o cinto de segurança, a jornalista foi a primeira a sair, seguida pela garota e Lydia, esta por último lutava para encontrar o notebook dentro do carro coberto por cacos de vidro. As sirenes foram ouvidas de longe e pareciam se aproximar cada vez mais, Íris puxou as duas garotas para fora da loja, nenhuma delas falou nada, por estarem apavoradas e em estado choque.
Cami puxou o casaco de lã que usava ao notar a mancha vermelha, virou o braço observando o corte profundo feito pelo vidro do carro. Estava tão elétrica que mal sentiu a dor, tentava se preparar mentalmente para o sermão de seu pai e da madrinha.
—Você está bem? – Íris indagou se aproximando dela, a West tinha um corte superficial sobre o supercilio e uma marca vermelha no ombro feita pelo cinto de segurança. – Se machucou?
—Não é nada, apenas um corte. Nada que tia Caitlin não possa ajudar.
—Temos que sair daqui. – Lydia falou.
—Temos que esperar a polícia. – Íris retrucou.
—Não dá tempo, quem quer que esteja por trás disso. – a garota fez um gesto englobando tudo ao seu redor. – Saberá que ainda estamos bem e provavelmente tentará algo parecido com isso de novo.
Camille deu um passo pro lado e observou o fim da rua, as sirenes da polícia ficavam cada vez mais altas e ela já podia ver as luzes vermelhas e azuis preste a dobrar na curva. Ela se virou para Íris esperando que sua tia tomasse alguma ação, confiava sua vida a ela, pois sabia que nunca a decepcionaria.
—Então?
—Vamos logo pro laboratório, depois eu me resolvo com o meu pai. – Íris disse por fim, então se virou descendo a rua, estava mais frio do que quando saíram de casa a alguns minutos atrás, a temperatura parecia ter abaixado drasticamente, olhou ao redor, não havia sinal de vida em nenhum lugar, mas ela ainda tinha a sensação de estar sendo observada, puxou Camille e Lydia para perto, segurando a mão de cada uma, talvez fosse um gesto bobo, porém ela não queria correr o risco de se separar delas nem por um segundo.
—Você acha que eles vão voltar? – Cami perguntou.
—Não sei. – ela falou dando rapidamente de ombros. – Apenas fiquem perto de mim até acharmos um táxi ou Uber. Lydia?
—Sim?
—Você me disse, um pouco antes de saímos de casa, você me alertou sobre o carro preto, mas eu não ouvi. Sinto muito.
—Não é sua culpa, o carro preto estava lá a muito tempo, mas eu só percebi isso hoje. – Lydia ajeitou o notebook no braço. – Ele nos seguia até a escola, depois para o laboratório, então eu já devia ter falado antes.
—Como assim ele seguia você?
—Pensei que ele estivesse apenas perdido, porém... Acho que sei o que está acontecendo.
—Sabe?
—Não exatamente, mas...se eu pudesse me conectar com os meus pais. – Lydia se lamentou.
Íris suspirou, levantou a mão e acenou para um táxi estacionado do outro lado da rua, porém abaixo-a no momento em que viu o carro preto se aproximar no final da rua.
—Meninas, vamos ter que correr um pouco está bem.
—Como se isso fosse alguma novidade. – Camille resmungou enquanto corria atrás de Lydia.
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Em rota de colisão
FanfictionUm pequeno acidente no tempo acaba levando Emma de volta ao passado, em uma época mais simples da vida de seus pais, principalmente pelo fato deles ainda não estarem juntos. Desprovida de seus poderes, Em terá que ficar de boca calada até conseguir...