As estrelas servem para guiar os marinheiros quando eles se perdem no mar, elas também têm a capacidade de fazer as pessoas se apaixonarem e desapaixonarem. Emma amava as estrelas, amava o universo, amava o cosmo, amava qualquer coisa que todos diziam ser impossível.
A noite estava estrelada, os pontinhos brilhantes pareciam dançar sobre o fundo azul escuro. Se apoiou na janela observando as luzes dos prédios do centro de Central City, o vento quase inexistente balançava as copas das árvores, seus pais estavam lá em algum lugar, se divertindo, rindo, conversando sobre coisas de adulto...É, ela não tinha a menor ideia sobre o que seus pais poderiam conversar.
-Você vai ficar aí parada ou vai me ajudar?
-Eu já disse Wally, não vou me meter. Se Joe ou Íris chegarem e virem isso, eu não quero esse tipo de confusão para o meu lado. - falou se virando para ele.
O West colocou as mãos nos bolsos.
-Íris teve que ir para Coast City por causa daquela reportagem e papai está em um encontro, então provavelmente eles só chegaram depois da meia-noite. Temos tempo Emma. – ela balançou a cabeça, Wally deu de ombros. – Ok você que sabe, mas não me dedura.
-Nunca. – fez um X com os indicadores, os beijando de um lado e do outro, Wally sorriu e desceu para o andar de baixo a deixando sozinha no quarto de Íris. Bufou se jogando na cama de casal, como sua madrinha tinha saído, seus pais estavam juntos em algum lugar e seu avô em um encontro, Wally e ela haviam ficado sozinhos, não seria um grande problema se não fosse pelo fato de Wally estar decidido a festejar o fato de ter vencido Zoom, só que com algumas semanas de atraso.
Obviamente uma festa só com adolescentes, com bebidas alcoólicas e música alta, tinha uma grande porcentagem de dar errado. Ela havia assistido filmes o suficiente para saber disso. Amigos convidam amigos que convidam outros amigos que convidam conhecidos, até isso tudo virar uma algazarra sem controle.
A música começou a tocar no andar de baixo, Wally havia colocado todos os objetos de valor no quarto de Joe e trancado todas as portas, menos o banheiro e o quarto de Íris, que era o esconderijo dela. Emma estava um pouco intrigada por ele ter conseguido fazer isso em tão pouco tempo.
Tentou olhar pela janela e observar a beleza das estrelas, mas alguma coisa estava incomodando-a, sentia uma inquietação por todo o corpo, algo estava errado. Calçou os sapatos, a jaqueta e trancou o quarto antes de correr escadas abaixo. Havia muita gente na casa, muito mais do que o recomendável, estranhos circulavam rindo e conversando. Alguém estava dando uma de DJ em um canto da sala, Emma se perguntava onde Wally havia colocado todos os moveis. Seu tio estava conversando com os amigos na porta de entrada, assim que ele a viu sorriu zombeteiro.
Saiu para cozinha desviando do maior número de possíveis bêbados que ia crescendo a cada passo que ela dava. Ficou surpresa de não haver um barril de cerveja em cima do balcão, a porta se abriu e dois garotos entraram carregando o barril.
-Desisto. – gritou jogando os braços para cima e refazendo o caminho para o quarto. Já estava no meio do caminho quando sentiu alguém envolver sua cintura e tira-la do chão. – Não!
-Vamos lá, carmim. Vá se divertir. – Tommy sussurrou contra seu ouvido, talvez o choque e a surpresa de tê-lo ali fez com que ela ficasse muda, pois só depois de quase cinco segundos ela conseguiu formular uma frase que não foi nem um pouco coerente.
-Peste bubônica me solta eu juro que chuto teus sapatos.
-Tem muita coisa errada nessa frase. – ele riu, Emma revirou os olhos antes dar uma cotovelada no estomago dele. – Oucht, carmim!
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Em rota de colisão
FanfictionUm pequeno acidente no tempo acaba levando Emma de volta ao passado, em uma época mais simples da vida de seus pais, principalmente pelo fato deles ainda não estarem juntos. Desprovida de seus poderes, Em terá que ficar de boca calada até conseguir...