XXVI

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Felicity

Ela abriu a porta e jogou o casaco sobre o sofá, o flat estava silencioso. Seguiu para o seu quarto, mas para isso teve que passar de em frente ao de Oliver, a porta estava entreaberta e ela pode ouvir uma serie de palavrões e resmungos que fariam qualquer mãe surtar.

-Olha a boca, Ollie. – se encostou na porta, observando Oliver em seu terno sob medida. Seu coração descompassou, tentou manter a posse, o que não foi um coisa fácil.

-Oi, como foi lá? – ele perguntou, tentando ajustar o nó da gravata.

-Foi bem, Cait escolheu o vestido e Emma enrolou, por fim desistimos e fomos comer. – explicou.

-Então por isso que demoraram. – Oliver sorriu, então se virou para ela. – Então, como estou?

Felicity mordeu a parte interna da boca e apenas assentiu em concordância.

-Vai sair? – perguntou tentando ser indiferente.

-Não, estou apenas testando o terno para o casamento. Como padrinho, eu tenho que estar apresentável.

-E como madrinha, eu já devia ter comprado meu vestido. – se lamentou. – Mas, eu não tenho culpa se a noiva ainda nem escolheu as cores do casamento, sendo que este vai acontecer em poucos dias.

-Eles estão atrasados, eu sei. – Oliver começou a se desfazer da roupa, em outra época Felicity o ajudaria, mas agora, depois de tudo o que aconteceu, preferia manter distância.

-Onde está Tommy?

-Saiu com Meli. - ele informou e ela grunhiu. – Você realmente não gosta dela, não é?

-Não que eu não goste, apenas não estou muito compreensiva com o relacionamento deles. – justificou-se tentando não soar tão mãezona.

-Você não gosta dela. – ele insistiu sorrindo.

-Nem um pouco, tem algo de podre nessa garota. – cruzou os braços e saiu para sala, sentou no sofá jogando os pés sobre a mesinha de centro. Eles estavam inchados, na verdade ela se sentia inchada. – Oliver tem alguma coisa doce na geladeira? – perguntou sentindo um estranha vontade comer s'mores.

-Você sabe que não. – o arqueiro respondeu do quarto. – O que você quer comer agora?

-S'mores.

-Sério?

-Claro. – acariciou a barriga saliente. – Mas você tem que fazer, sabe que não me dou muito bem na cozinha. E eu amo os seus s'mores. – então sussurrou baixinho para o bebê. – Seu pai é um ótimo cozinheiro, você terá sorte se eu passar um dia sem queimar sua mamadeira.

Sorriu, havia uma pequena vida dentro dela que a cada dia crescia mais e mais, logo estaria com seu filho em seus braços. Ele provavelmente seria a cara de Oliver, mas torcia para que ele não herda- se o seu temperamento.

-Você já ligou para sua mãe avisando que só vai voltar na semana que vem?

-Na verdade, não. – murmurou baixinho.

-Felicity, você por acaso falou para sua mãe onde estava?

Ela virou a cabeça para cima, visualizando Oliver ao contrário. Talvez ela não tivesse falado para mãe aonde estava, mas mandou uma mensagem dizendo que iria sair da cidade por uns dias.

-Claro. – mordeu o lábio inferior. – Você vai voltar hoje?

-Deixei a cidade por tempo demais.

Em rota de colisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora