VINTE E SETE

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Gabriel

Henrique pirou de vez. Como ele pode fazer isso com a mulher que ele diz que ama? Como ele pode amar e fazer isso? Ele não ama e nada. Ele é um monstro e isso sim, meu melhor amigo virou um monstro. Subi o morro até o lugar que a Vanessa tava, ninguém nem ousou a levantar a cabeça pra mim, entrei e ela estava jogada no chão chorando muito.

-Vanessa?

Vanessa- Gabriel? Gabriel- me abraçou com dificuldade-.

-tu tá bem Vanessa?

Vanessa- não, mas e meus filhos? Como eles ficam? Gabriel, o Henrique tá louco, ele...

-se acalma, tenho certeza que eles tão bem- me sentei no chão e abri a sacola que eu tinha trazido-.

Peguei algumas pomadas e curativos e passei nos ferimentos. Ela era minha amiga tanto quanto o Henrique, e me doía ver ela daquele jeito, mas eu não posso tirar ela dali, por que se eu tirar, iam ser dois mortos. Dei comida pra ela e cuidei dela, em pouco tempo ela se deitou ali, no chão, e dormiu. Decidi trazer um travesseiro e uma coberta, depositei um beijo em seu rosto e me levantei pra sair, dando de cara com Henrique.

C7- mandei alguém cuidar dela? MANDEI PORRA?

Gabriel- tu pode até mandar nesse morro, mas não manda em mim. Te conheço desde que tu era um merdinha, um nada, então não vem querer colocar moral em mim não por que eu sei tuas fraqueza Henrique, e sem eu e a Vanessa tu é um bosta, um nada, então vê se abaixa a bola, por que tu pode até proibir que eu a tire daqui, mas me proibir de cuidar dela, só nos seus sonhos.

Sai dali trombando no ombro dele. O que Henrique se tornou?

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