-Foi uma longa história... - eu disse.
-Temos tempo - o pai da Lee disse.
-Sabe, eu não quero ser desagradável, mas não quero falar disso, se não se importar - eu disse, para que o pai da Lee se "cala-se", pois as lágrimas já se começavam a formar nos meus olhos e não ia aguentar a humilhação de chorar em frente aos pais dela.
-Foi uma coisa assim tão má para não poderes falar? - ele perguntou.
-Pai, não achas que eles terem falecido já é mau demais? - ela disse-lhe irritada.
-Eu acho que não tem mal nenhum ele contar-nos a razão da morte dos seus pais... Se morreram é porque alguma coisa fizeram, de doença não foi de certeza pois não teriam morrido os dois ao mesmo tempo...
Mas quem é que ele pensa que é para falar assim dos meus pais?
-Desculpe, mas você não me conhece nem à duas horas para estar a falar assim da minha familia - as lá grimas já teimavam em cair, boa...
-Um homem não chora, por muito que queira... Tu não tens atitudes de homem rapaz - ele continuou.
-Para mim chega - disse levantando-me.
-Sabes pai, para mim acabou... Pensei que desta vez ia ser diferente. Passas-te dos limites. - ela levantou-se e veio atrás de mim. Nunca devia ter vindo a este jantar, nunca devia ter concordado com isto.
-Jason, ela tem razão, passas-te das marcas com o rapaz - ouvi a mãe da Lee dizer, quando já estava prestes a sair da grande sala.
Dirigi-me até ao jardim e sentei-me. Finelmente pude descarregar toda a tristeza que sentia dentro de mim. Senti alguém sentar-se ao meu lado e só podia ser a Lee. Olhei para ela com os olhos vermelhos.
-Estás bem? - ela perguntou-me.
-Claro que estou Lee, o teu pai insultou os meus pais, julgou-os sem os conhecer e continuou a falar deles mesmo depois de eu ter dito que não queria falar do assunto e ainda me insultou também, mas eu estou ótimo - disse irónico.
-Desculpa, eu nunca pensei que ele fosse dizer aquilo...
-Eu nunca devia ter concordado em vir.
-Fui eu que insisti.
-Eu quero ir embora, vou de táxi...
-Eu vou contigo - eu interrompia.
-Não, tu vais ficar aqui com a tua familia, vais almoçar calmamente com eles e vais fingir que eu nunca estive aqui.
-Mas...
-Não Lee, eu quero ficar sozinho. - levantei-me e comecei a caminhar até ao portão.
-Niall?
Olhei para trás. A Lee correu até mim e deu-me um abraço sussurando um "desculpa". Eu assenti e abracei-a de volta. Saindo daquela casa a que espero nunca mais voltar.
#Lee P.O.V#
Depois do Niall sair voltei para dentro e fiz o que o Niall me pediu, fingir que ele não tinha lá estado, o que foi impossivel porque toda a gente começou a perguntar por ele.
-Onde está o Niall, querida? - a minha mãe perguntou.
-Foi para casa...
-Que rapaz mais insulente e mal educado - ouvi o meu pai murmurar.
-Não pai, se há alguém mal educado aqui és tu - gritei.
-Não falas assim para mim - gritou também.
-Falo sim, tu és mal educado e mal agradecido. Nunca devia ter trasido o Niall aqui. Só o trouxe para vocês o conhecerem pois não queria esconder-vos nada. Mas como sempre é impossivel.
-Não tenho culpa que tu só escolhas rapazes que pensam que são os maiores, sem cultura nenhuma e que não sabem o que é ser uma pessoa civilizada.
-Ele é que não sabe? Ou será que és tu que não sabes?
Por esta altura, já tinhamos a familia toda a olhar para nós incrédula.
-Já chega de discussões - a minha mãe repreendeu.
-Não, não chega. O pai tem que perceber que não é o centro do universo. O Niall é um rapaz espetacular e eu nunca gostei de ninguém assim, ele mudou-me muito e eu amo-o acima de tudo, mas pelos vistos o pai não percebe isso e só se interessa se eu tenho namorados ricos ou pobres. Para ele até podia ser o maior terrorista do mundo, mas se tivesse dinheiro que o pai pudesse usar para comprar os seus carros de luxo e os fatos carissimos, não se importava.
Mal acabei de dizer isto, o meu pai levantou-se e deu-me uma estalada. Nunca me tinha batido, nunca me tinha desiludido tanto na minha vida. Em frente à minha familia toda que agora olhava estupefacta para nós.
-Isto é para tu aprenderes a ter mais respeito por mim que sou teu pai. - ele disse entre dentes.
-Ai é? Eu ODEIO-TE - grite-lhe e saí dali.
Fui para a casa de banho e sentei-me no chão a chorar. O meu pai nunca tinha sido assim comigo, nunca me tinha tocado com a ponta do dedo sequer. Nem para um abraço. A verdade é que eu creci sem carinho. O meu pai só pensava em dinheiro, e eu sei que ele batia à minha mãe. Ela não o contrariava porque tinha medo dele, mas espero que ela agora perceba que ele é um monstro. Nunca pensei vir a pensar isto do meu pai por causa de um rapaz, principalmente do Niall. Pode parecer exagerado, mas eu não me arrependo de nada do que lhe disse, pois descarreguei tudo o que já guardava à muito tempo.
Sempre foi assim, o meu pai nunca gostou que eu tivesse namorados e arranjava sempre maneira de me afastar deles. Criticava-os como fez com o Niall e eles afastavam-se de mim. Muitos deles nunca mais os cheguei a ver.
Estava nos meus pensamentos, quando batem à porta.
-Dexem-me em paz - eu disse com a voz trémula.
-Fala comigo Lee, deia-me entrar... - conheci logo a voz. Era a minha avó. Ela podia ter quase 90 anos, mas é um poço de sabedoria. Ela tem sempre conselhos para tudo e não é nada comparada com os meus avós paternos, que são iguais ao meu pai. Deixei-a entrar, pois sei que posso confiar nela e que ela me irá ajudar muito.
Capitulo violento :ooo Como acham que vai correr a conversa com a avó?
Eu sei que disse que no capitulo 25 ia haver uma surpresa, mas não vai poder ser, porque esta parte da história demorou mais do que eu estava à espera e então vão ter que esperar mais um bocadinho :s Votem e comentem please *-* Conseguimos 15 votos neste capitulo?
#Lúú
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She love me... But she hate me (Niall Horan Fanfiction Português)
FanfictionSerá que se tivesses estado comigo naquele bar, naquela noite, naquele momento, tudo teria sido diferente? Será que se nada daquilo tivesse acontecido, tu ainda estarias comigo neste momento? Será que estás bem? Será que estás feliz? Será que já ult...