Capítulo 10 - Un médecin suspect (Um médico suspeito)

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"Se está difícil é porque você está no caminho certo. Também não foi fácil para Jesus."
Isabelle

Saio do quarto com o coração pesado

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Saio do quarto com o coração pesado. Havia algo naquela mulher, uma coisa que eu não sei o que é, além daquilo que ela disse sobre visitar os meus pais...

Se Deus realmente existe e é capaz de falar com as pessoas da forma que falou com ela, eu só tenho uma pergunta para Ele: por que eu? Tem tantas pessoas por aí, tantas que estariam mais dispostas a acreditar na existência dEle ou até mesmo segui-lo. Então por que essa preocupação justo comigo?

Não sei como, mas meus pés conseguem me levar de volta até o corredor onde está o quarto do Ben. Estou me aproximando, quando percebo uma movimentação estranha. Estão todos de pé e há um médico na frente deles. Começo a correr.

- Foi apenas um susto... -Solto o ar que nem percebo que estava prendendo. - Ele ficará internado hoje, mas sairá pela manhã. -O médico diz, tranquilizando a todos instantaneamente.

Obrigada, Deus. Se você realmente existe e fez isso... Eu quero agradecer, mesmo não entendendo porque você me ajudou...

Não ajudei. Não até que creia em mim por completo.

Que voz foi essa nos meus pensamentos?

- Geneviève. -É a dona Sônia. - Querida, você está abatida. Isso que houve com o Ben abalou a todos nós, mas não foi culpa sua. Uma hora ou outra, acabaria acontecendo.

Ah, eu queria muito acreditar nisso. Acreditar que tudo o que está acontecendo agora desde o dia em que eu menti para o Chefe Enzo é apenas uma grande coincidência, mas não dá. Mentiras são ruins por um motivo: o preço delas é alto e eu sentia que estava só começando a pagar o meu.

O médico reaparece alguns minutos depois, aparentemente confuso e isso me assusta. O que aconteceu?

- O horário de visitas começou. -Todos sorriem aliviados. - Mas Benjamin só quer ver Geneviève. Ela, por acaso... É alguma de vocês?

- Sou eu. -Prontifico-me em choque, os outros não reagindo muito diferente de mim. - Ma-mas deve haver algum engano...

- Não há. -Diz sério. - Se não vier agora, considere o horário de visitas acabado. -Arregalo os olhos.

- Estou indo, então. -Murmuro e olho receosa para dona Sônia e o senhor Eduardo, mas eles me incentivam com um sorriso.

QUARTO 302, é o que consigo ler na porta, antes de entrar. Ben está deitado em uma cama, com sua cadeira de rodas não muito distante. Não há nenhum fio ligado a ele, o que me alivia.

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