Bônus

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"No final de tudo, o mais importante não é sobre quem você é, mas sobre quem pode se tornar quando Deus te transformar no melhor que pode ser."
Isabelle

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Flashback on

Algum tempo após o incidente com o elevador

- Como você pôde? -Jeremias me encara com uma fúria assustadora em seu olhar. Imagino que uma pessoa nunca tenha me odiado tanto como ele nesse instante. Ele segurava o braço de Sophia tão forte que me deixou preocupado. Provavelmente, ele deve tê-la abordado no final de seu expediente. Só assim para descobrir onde estávamos morando.

- Sophia não tem nada a ver com isso. Solte-a e vamos conversar lá fora. -Peço reunindo o máximo de calma que consigo em minhas palavras.

Lentamente, Jeremias faz o que eu peço. Soph me encara, nervosa e confusa. Com todo o direito.

- Está tudo bem. Volto logo. -Murmuro, logo em seguida fechando a porta atrás de mim. O corredor à minha frente estava sombrio, assim como os meus pensamentos naquele momento.

- Como você pôde? - A pergunta de alguns minutos atrás é repetida mais lentamente dessa vez, tornando-a ainda mais assustadora. As palavras ecoam por todo o corredor.

- Eu não sei. -Respondo enfim, mas era mentira. É claro que eu sabia. Eu tive raiva de Geneviève ao ver que ela estava assim como eu estive por tantos anos: presa em uma cadeira de rodas. Também senti raiva por ela gostar de mim e não entendia como ela era capaz, quando eu me tornei um cara tão ruim. Quando eu menosprezei o amor dela como se não fosse nada, como se eu não sentisse nada, assim que as minhas pernas voltaram a funcionar, como por milagre. Eu dei as costas para Deus. O resultado disso é que eu perdi a garota que eu gostava, possivelmente para sempre.

- Como assim não sabe? -Ele grita e eu preciso me controlar para não partir para cima dele. Quem ele pensa que é para falar assim comigo?

- Olha, eu entendo a sua raiva, mas acontece que nem eu sei explicar direito. Eu estava confuso e não pensei, agi por instinto. Estava irritado sobre um monte de coisas e, de repente, foi como se alguém estivesse sussurrado na minha mente o que eu deveria fazer. Pensamentos sobre aquele elevador não estar com um problema tão grave me vieram à mente e, por fim, foi como se eu tivesse convencido a mim mesmo. Naquela hora, eu só queria fazer uma brincadeira de mau gosto com alguém, mas não tinha noção do quanto aquilo era sério. -Murmuro aflito e alguns minutos se passaram em silêncio na semi-escuridão.

- Eu me arrependi muito de ter feito isso. -Concluo, com o máximo de sinceridade que consigo. Minha intenção nunca foi tentar matar alguém. Eu nunca quis ser um assassino e, apesar de ter passado bem perto de me tornar um, eu sabia que Jeremias poderia me colocar na cadeia se quisesse. Não seria tão difícil reunir provas contra mim. Entretanto...

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