Livro um: Propósito Divino (concluído).
Livro dois: - (futura obra).
♡♡♡
"Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas convêm." I Coríntios 6:12
Eu poderia estar escrevendo um livro comum, mas aqui est...
"Eis que os filhos são herança do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão."
Salmos 127:3
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
"É ela", meu coração diz e, apesar de ser improvável, eu sei que é verdade. A pessoa que eu mais me esforcei para esquecer estava bem diante dos meus olhos.
E essa pessoa... É a minha filha.
Flashback on
Sete anos atrás
Já tinha um tempo, desde o que ocorrera com Stefan, que eu me sentia assim. Estava vomitando há dias e sentia meu estômago embrulhar toda vez que ouvia alguém dizer "comida".
Mesmo sendo muito nova, desconfiei do que talvez fosse inevitável. Então, o mais rápido possível, comprei alguns testes de gravidez na farmácia da minha rua, fingindo não me importar com as palavras e expressões rudes do vendedor.
Assim que cheguei em casa, corri para o banheiro e tranquei a porta. Li os procedimentos várias vezes e, tremendo, fiz os testes.
Todos deram positivo.
Flashback off
Olhando para a menina de sete anos que agora me guiava pela imensidão de quartos do orfanato, senti meu coração se apertar. Eu a abandonei com apenas um ano de vida na porta da casa da minha antiga vizinha... Digo antiga, porque, logo que souberam da gravidez, meus pais decidiram mudar de bairro para não prejudicar a suposta reputação deles. Como se eu não tivesse sido a mais prejudicada com tudo o que aconteceu. Meu pai queria que eu abortasse, mas minha mãe discordou, disse que eu deveria ter o bebê e depois entregá-lo para a adoção. A verdade é que ninguém realmente sabe o quanto eu sofri com tudo isso. Mudar de escola e de casa não foi nada comparado ao que eu tive que enfrentar no novo bairro e no novo colégio. As pessoas riam e zombavam de mim todos os dias. Muitas vezes, pensei em me matar ou matar o bebê. Muitas vezes, eu culpei o monstro que eu acreditava ser quem fez isso comigo. Muitas vezes, eu me culpei também.
Mas, quando ela nasceu, eu fiquei momentaneamente feliz por não ter abortado. Eu deveria procurar pais adotivos para ela como minha mãe queria, mas... Não consegui. Eu me lembrei da vizinha da minha antiga casa, que sempre me tratou muito bem, me chamava para ir à igreja com ela todos os domingos e depois fazia torta de maçã. Dona Elizabeth não tinha filhos e morava sozinha. Ela sempre me dizia que, se pudesse ter tido uma filha, gostaria que ela fosse parecida comigo. Bom, ela teria seu desejo realizado quando menos esperasse...
Apenas um ano se passara quando eu decidi que havia chegado a hora. Minha mãe estava me pressionando cada vez mais com os papéis da adoção, eu não podia mais perder aulas e meu pai não parava de reclamar toda vez que a bebê abria a boca para chorar. O que acontecia frequentemente, é claro.