Capitulo 25-Ano-Novo Normal

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E mais uma vez lá estavam,todos reunidos.Exceto por algumas ovelhas negras que decidiram passar a virada com seus familiares,a foto estava perfeita.
Estavam todos tentando seguir as tradições normais.No final todos saíram ganhando,sem o uniforme do acampamento,alguns campistas pareciam estar mais vivos.
O Pinheiro ainda estava com a decoração do Natal,então era só acender e...pronto,todos bateram palmas e assoviaram quando a árvore ganhou aquela vida de novo.Incrível. Havia uma alegria humana no ar,mas precisavam tomar cuidado,muita gritaria chamaria atenção não só de monstros.
Clary estava sozinha sentada perto do lago,que inclusive parecia o mais enfeitado de tudo.Eles tinham pulado as ondas,foi divertido,tirando a parte de que ela escorregara em uma delas e pelo desespero do momento se agarrou em Nathan e acabou ensopando os dois,foi desastroso até,mas nada de ruim em um dia daqueles conseguia acontecer sem ser acompanhado por risos e diversão,o que tornava tudo mais leve,mas não menos vergonhoso.
Ela estava lendo um livro, um cujo falava sobre anjos ,até a alguns tempos atrás,Clary achava que anjos eram somente do bem,mas havia muita coisa nesse mundo que possuíam outros significados.Até mesmo uma simples torta de morango.
—Gente ela ta lendo!—fala alguém logo atrás,com um tom irônico e brincalhão.Havenna.E não estava sozinha,Edwart-seu namorado-,Nathan e Allison se aprossimavam com copos vermelhos,que deviam ter refrigerantes.
Rindo e jogando areia uns nos outros,conseguiram se acomodar ao redor de Clary,que estava chocada,por um momento estava silêncio e depois começou aquela gritaria,é pra aterrorizar qualquer um!
Allison estava mais brincalhona,fez graça da barra do vestido de Clary,que ficara marrom depois do tombo,dizendo que até combinava com sua pele,que inclusive era muito bonita.
Todos riram e começaram a falar coisas sem sentido,até rirem tanto que Edwart fez um som de porco,o que quase fez Clary perder o rim de tantas gargalhadas.
—Gente vocês tão bêbados? —pergunta,com tom Ilário.
—Com certeza!—concordam e logo depois começam a rir.
—Mas a gente só bebeu refrigerante! Não vamos dirigir!—acegura Nathan.Com certeza aquilo de repente se tornou como um esquadrão suicida,pessoas falando nada com nada sobre assuntos mais nadas ainda.
Até que acabaram as bebidas/refrigerantes de uva e tiveram que tirar 2 ou 1 para ver quem ia pegar mais,óbvio que ninguém iria mesmo se perdesse,mas como os perdedores foram Clary e Nathan eles não perderiam a oportunidade de ficarem sozinhos.
—Isso tá até mais intrigante que o Natal.—fala Nathan enquanto andam em direção as mesas de guloseimas,tinham umas quatro lotadas,e mesmo assim nem chegara a hora da contagem regressiva e estavam devorando tudo.
—Com certeza,tão com uma graça,onde já se viu,nunca achei possível fingir que estão bêbados,e acho que essa atuação deixa os bêbados de verdade no chinelo! —fala Clary,e logo eles estão rindo de novo.
Clary nem notara mas já estavam de mãos dadas,com os dedos tão entrelaçados que as juntas estavam brancas,decidiu aproveitar o momento a sós com ele e os levou a um pequeno banco perto das mesas,perto das árvores e ayte perto da multidão,que inclusive faziam jogos e grupinhos em cada canto do acampamento.
—Eles vão querer as bebidas,e acho que sem atraso.—Nathan adverte Clary enquanto ela o senta e se senta em seu colo,começando a passar a mão por seu cabelo e baguncando-o.Ela sabia que ele não gostava,e isso era mais um motivo para faze-lo,mas naquele momento ele só fechou os olhos e sorriu fazendo uma careta,rindo.
E logo eles estavam se beijando,não sabiam como nem o por que,mas se naquele dia em que ele aparessera na enfermaria para medir sua temperatura,pudessem ter uma ideia do que aconteceria dali a dois meses,naquele exato lugar,ririam e diriam que era alguma trolagem.
Mas agora,ali,eles conseguiam sentir o quanto estavam apaixonados um pelo
outro,e o quanto aquele sentimento estava tão forte que seria palpável.
Então pararam.Não por falta de ar,a algum tempo eles não conseguiam nem perceber mais aquilo até isso começar a ofuscar a visão.Mas porque Nathan se afastou e a observou por um momento,com olhos brilhantes e cheios de desejo.
Sua mão foi de sua cintura até o bolso do casaco,de lá sairam dois anéis prateados,um com pedrinhas brilhantes em volta e outro com pedras mais escuras no meio do círculo.
Embora Clary já tinha uma ideia do que aquilo significava,deixou que Nathan explicasse.
—Bem eu,já que a gente já ta namorando..—parou e riu—O que não me caiu a ficha ainda.Decidi dar isso como prova de que estava falando serio,quero ter algo muito mais sério com você Clary,e quero que as pessoas notem isso e gostem,e...você acredita que até montaram shipps com nossos nomes?Clathan,Nary..—e riram,dessa vez não só pela graça,mas pela emoção do momento.
Nathan pega sua mão e coloca o anel em seu dedo,Clary ficara feliz em perceber que coubera exatamente,assim como no dedo de Nathan.Ele pegou suas mãos e deu alguns beijos suaves antes de voltar para sua boca,mas não conseguiam,estavam sorrindo e rindo,o que dificultava tudo.
Clary sentia que ruborisava ainda mais enquanto Nathan acarissiaca seus cabelos e a fitava com aqueles olhos âmbar,e mais ainda quando ele finalmente disse algo que conseguia chegar perto daqueles sentimentos.
Dissera que a amava,e ela quase não conseguiu dizer o mesmo no quando estava feliz,nunca achou que sentiria essas coisas,pensara que ao entrar neste mundo devia apenas se preocupar em cuidar de si mesma e machucar a todos que rompessem sua barreira,mas aquilo havia sido diferente,por algum motivo Nathan nunca nem precisou derrubar suas defesas,seu coração já era dele assim que ele a tocou.
Ao longe,todos foram chamados para um grande relógio que havia sido construído pelos filhos de Hefesto para a contagem,ficou lindo,cheio de ondulações e uma luz dourada.
E quando chegou a hora exata todos os campistas começaram a contar:10...9...8...e a única coisa que Clary conseguia pensar 7...6...era que naquele ano tao diferente dos outros 5...4...ela finalmente se permitiu sonhar 3...2.. pois notou que finalmente...1 estava do lado das pessoas que amava.FELIZ ANO-NOVO!
Uma grande salva de palmas entoou no final,alguns jogaram copos e casacos no ar,como uma formatura.
E logo tomaram suas posições nos fogos de artificio.
Clary e todos os outros campistas haviam estendido lençóis brancos no campo aberto do acampamento,o que permitira uma visão geral do céu para os fogos.
Olhando seu anel,ela tirara para ter uma visão geral dele,ainda ria da situação,nunca imaginara se apaixonar por alguém novamente,ela sabia que seu bloqueio psicológico começara a partir de um romance com alguém,mas agora,ali,com o anel nas mãos,pode ver que quem menos quer uma coroa é a mais merecedora dela.E então reparou que no lado de dentro tinham letras bem pequenas,tão pequenas que Clary teve até que se sentar pra poder olhar na luz,e lá dentro,em letras douradas,estava escrito: "Eu te amei, então chamei estas marés dos homens em minhas mãos e escrevi minha vontade através do céu em estrelas." Sabia de onde era aquela frase,e ficou mais feliz em saber que Nathan se lembrara e colocara lá,não sabia por que,mas se lembrou da música que costumava ouvir quando finalmente se sentia confiante de algo,ou quando algo dera errado e ela estava disposta a aceitar e torna-lo seu melhor,a música era Youngblood Hawke,nunca esqueceria, jamais.
— Clary — Nathan chamou, tirando-a de seu devaneio.
Ele apertou seus braços em torno dela, e ela levantou sua cabeça; a multidão estava aplaudindo e gritando enquanto o primeiro dos foguetes subia.
— Olhe.
Ela olhou enquanto os fogos explodiam em um chuviscar de faíscas... faíscas que pintavam as nuvens acima enquanto elas caíam, uma por uma, em linhas corridas de fogo dourado, como anjos caindo do céu.
O mais bonito daquilo não foram as cores e desenhos,mas sim porque ela finalmente achou sua normalidade,tinha algo para se aguarrar,uma ancora,sempre estava tentando ser como os outros,uma adolescente normal,que andavam sozinhos nas ruas e faziam coisas divertidas,mas agora,ela notara que cada um nunca busca algo ate encontrar,o destino sempre esta nos surpreendendo e pregando pecas,e não precisamos ficar espertos com isso,não,porque ali,finalmente,ela se sentira uma meio-sangue normal.

Meio-Sangue Normal(Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora