Capítulo 4- Quase um beijo

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Nate pega na minha mão, e com isso fico cada vez mais nervosa, não é possível, nos conhecemos a pouco tempo e já está acontecendo tudo isso? Minha vida só pode ser um filme de drama, que acaba com um final triste, lógico.

-Eu mal pude pedir desculpas aquela hora, me perdoe pelo coquetel derramado no seu vestido, lindo vestido aliás...

Ele fala me olhando de cima abaixo.

-E pela aquela cena, algumas garotas são loucas.

Ele ri fraco e fala se referindo ao beijo na minha frente, logo solta da minha mão, eu simplesmente dou um sorriso sem mostrar os dentes e o olho.

-Isso acontece, e já estou acostumada com esse tipo de cena, desculpo sim, mas vou me cobrar viu? Brincadeira

Dou uma risada não escandalosa mas demonstrando meu nervosismo pois, poxa, eu estou conversando com o Nate Vanderwaal! Aquele que todas as garotas desejam.
Mas ele se junta a mim quanto a vodka com energético e ficamos ali conversando por um bom tempo, até que os amigos dele o chamam e ele se retira dali indo se divertir. Eu tomo mais algumas doses e começo a dançar com a Katherine e Dan, quando a amiga da Katherine chega e se junta a nós na dança, o nome dela é Molly Sweety, acabo me tornando amiga dela também pelo tanto de palavras que trocamos, ela é uma garota legal só tem de aprender a se controlar em relação aos meninos, ela é uma santa perto da Katherine o problema é que ela fica toda excitada quando vê um abdômen trincado e um rosto bonito, pois essa é a Molly, não fica com muitos garotos, apenas com aqueles que a tratam diferente, pelo menos os que ela acha que tratam diferente, o lema dela é: nada de garoto galinha; Molly é muito "relaxada" quanto aos estudos, ela não estuda nada, só cola nas provas e isso é o motivo das suas notas boas, mas acredito que ela seja uma ótima amiga.
Acabo bebendo demais como nunca havia feito antes e desmaio no meio da festa, sim na pista de dança, só que isso não é considerado mico para os alunos da Brearley School, bem pelo contrário, é uma prova de que essa pessoa aproveitou bem a festa, só que não é bem assim que eu e a minha mãe pensamos.
Nate me encontra esparramada no chão pois a Katherine, a Molly e o Dan estavam ocupados demais tanto que nem me viram cair, ele me junta do chão e me leva pra casa na sua camionete. Eu acordo no meio do trajeto.

-O que aconteceu?

Falo toda sonolenta e colocando a mão na cabeça desajeitando ainda mais os meus cabelos, pois ainda estava bêbada, MUITO bêbada.

-Você desmaiou de tanto beber, e pelo visto ainda está bêbada né?

Ele ri fraco e para o carro em frente pra minha casa, não tenho a mínima ideia de como ele sabia onde era, mas alguém deve ter dito.

-Ahhh me beija!

Penso alto pois eu estava fora de si.
Ele apenas ri e fica me olhando.
Paro de rir e retribuo o olhar, nos aproximamos deixando um sentir a respiração do outro, quase colando nossos lábios, mas ele se afasta e diz:

-Acho melhor você ir, já são 02:50

Diz ele virando a cabeça e se lembrando da nossa conversa no bar quando citei que minha mãe mandou eu chegar em casa no máximo até as 03:00. Então eu dou um sorrisinho com cara de ressaca, desço do carro e entro em casa, vou direto para o meu quarto coloco o meu pijama e faço minhas higienes no banheiro, deito e acabo pegando no sono pois estava realmente muito cansada.
Minha mãe escuta meus passos e vai até o meu quarto, só que quando chega lá eu já havia dormido, ela se aproxima de mim e da um beijo na minha testa dizendo baixinho:

-Boa noite minha princesinha.

Coisa que ela e meu pai diziam após contar uma história quando eu tinha 8 anos e não conseguia dormir.
Meu pai morreu de câncer aos 45 anos, quando eu tinha 9 anos de idade, foi bem difícil superar mas minha mãe me ajudou muito e foi ela que me deu forças para continuar, não tem um momento do dia que eu não pense nele, mas felizmente só tenho lembranças de como éramos felizes, e graças a ele eu e minha mãe ainda somos. Eu adoraria que ela casasse novamente, mas não sei se  algum dia isso irá acontecer.

BorderlineOnde histórias criam vida. Descubra agora