Nono - Trilha Sonora Perfeita

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Acordei com ela deslizando para o chão, para longe do meus braços. A janela aberta fez o quarto ficar claro, vi com o canto do olho: ela tirar minha camisa do corpo, colocar a própria camisa, arrumar o cabelo, sorrir para o reflexo no espelho e voltar para mim. Mas não para meus braços.

– Perdi a hora. – ela disse – Yan.

Sorri e continuei com os olhos entreabertos. Ela sabia que depois de brincar tanto, eu não iria levantar nem tão cedo.

– Yan. Vamos. Acorda. – ela pegou meu rosto.

Resmunguei e me virei, ela puxou meu travesseiro.

– Gi. Por favor. – sussurrei.

– Gi? – ele chegou perto do meu ouvido. – Você não pode me chamar assim enquanto estiver dormindo. Sabe do nosso acordo.

Puxei a coberta e escondi o rosto. Ainda não queria despertar.

Ela levantou da cama e ouvi ela ir e voltar. Fiquei curioso e olhei por cima da coberta.

Péssima ideia. Ela me acertou com o travesseiro e subiu em cima de mim. Gargalhando gostosamente enquanto pressionava as coxas na minha cintura. Era difícil ignorar.

– Vamos acordar? – ela me bateu de novo.

Protegi meu rosto e comecei a rir. Tentando não dar atenção ao fato de ela tocar minhas partes com as partes dela.

– Yan! – ela deitou sobre mim e moveu meu rosto de um lado para o outro. – Acorda, dorminhoco.

– Acordei. – ri com ela e abri os olhos – Mexe mais um pouco e eu gozo.

Ela corou, sentando em mim. Não sei dizer se foi pior.

– Não fale assim. – ela pediu, soltando o travesseiro. – Eu... Não fiz por querer.

– Acredito em você. – peguei as coxas dela. – São que horas?

– -Nove e quinze. – ela olhou para os lados. – Tem trabalho hoje?

Neguei. Estava cogitando ficar o dia com ela, assim do jeito que ela estava, mas nus. Gozando sem parar.

-Pai? – gritei. – Já tomou o remédio?

Ele concordou e Giovana tentou sair, mas a segurei do jeito que ela ficasse com marcas. Ela gemeu, se esfregando em mim de propósito.

– Pede. – eu disse – E dessa vez eu fodo você.

– Não vou pedir. – ela rebolou ainda mais forte e me fez apelar para a força, deixando mais marcas. – E não fale assim comigo.

Tentei em vão não me contorcer, ela se deliciava ao me ver sofrer e eu me deliciava vendo ela rebolar devagar. Fiquei entre rasgar a roupa que nos separava e soltá-la. Já estava levantando minhas unhas nos shorts quando ela se inclinou e me beijou. Mais toques, senti a umidade dela chegar em mim, a calcinha fina estava fora do lugar, eu podia ver de certo ângulo, e isso sim era uma tortura. Tão perto.

– Gi. – gemi nos lábios dela – Deixa.

Ela negou e eu, relutante, parei. Soltando-a, deixando a frustração me dominar. Gio estava com a expressão confusa quando se ergueu. Saiu de cima de mim, sentando ao meu lado.

– Não estou pronta para isso. – ela disse. – Não mais. Estou com medo... Sabe... Você disse que vai doer demais.

Eu não falei nada. Mas sabia que devia. Mas na minha mente passava um furacão onde a voz da consciência gritava que eu estava no campo minado. Era certeza que mais um passo e tudo explodiria.

Liberdade E Rendição - Crônicas Melhores Amigos.Onde histórias criam vida. Descubra agora