O dia havia amanhecido bonito e quente, o céu estava totalmente da cor azul e sem um único vestígio de nuvens. Resolvi naquele dia deixar o suéter amarelo de mangas compridas em casa e usar um sem mangas por cima da camisa branca de mangas curtas do colégio. Minha pulseira favorita tilintava em meu pulso conforme eu penteava meus cabelos, percebendo através do meu reflexo no espelho que fazia algum tempo que eu não os aparava, estava chegando à altura dos ombros.
Dei uma última checada em minha mochila, conferindo se estava tudo certo ali e saí do quarto.
Minha mãe terminava de preparar o café da manhã quando cheguei à cozinha, ainda estava de camisola, o que eu achei um pouco estranho. Geralmente ela estava arrumada ou com pressa para sair para trabalhar.
— Bom dia, querida. - Ela sorriu assim quando me notou entrando no pequeno cômodo.
Sentei-me a mesa, e mamãe colocou uma xícara de café com leite a minha frente.
— Bom dia - respondi. - Não vai trabalhar hoje não?
— Vou entrar um pouquinho mais tarde. - Ela sentou-se na cadeira. - O velho Sarutobi deve ter percebido que eu sou uma boa funcionária.
— Hm.
— Querida - ergui meus olhos para ela -, você poderia passar no supermercado quando sair da escola? Está faltando umas coisinhas em casa. Poderia quebrar esse galho para mim, já que você não trabalha hoje?
— Claro - peguei a fatia de pão de forma e passei requeijão.
— Eu fiz uma pequena lista, nada pesado.
Apenas assenti com a cabeça, levando à fatia de pão a boca.
— Ah, trouxe outro despertador para você, e espero que esse dure dessa vez.
Sorri.
— Obrigada.
Não tivemos tantos diálogos durante o café da manhã, geralmente eu não era uma pessoa sociável e muito menos falante. Mas isso não me impedia de ser uma boa ouvinte e escutar as lamúrias de mamãe sobre seu trabalho e das contas do final de mês que havia chegado.
Terminei meu café da manhã e voltei para o meu quarto só para pegar a mochila. Mamãe entregou a pequena lista de compras e saí de casa em seguida.
Guardei a lista na mochila e liguei o display do meu celular para ver as horas enquanto eu caminhava por aquela rua vazia de minha casa. Não estava atrasada, mas percebi uma notificação de que havia recebido uma mensagem de texto. No começo eu iria ignorar, completamente deveria ser mais uma mensagem propaganda de operadora para ativar pacotes. Mas uma coisa dentro de mim fez com que eu abrisse a mensagem para saber do que se tratava.
Meus olhos arregalaram levemente quando eu descobri que era uma mensagem de Sasuke. Na mesma hora senti a minha respiração ficar presa na garganta enquanto meus pés travaram no chão. Eu estava completamente atônita com as três palavrinhas que ele havia escrito:
OI, BOM DIA :)
Visualizei a hora que ele havia mandado: 7:08am. Eu estava no banheiro quando a mensagem havia chegado. Por um segundo eu me perguntei; como ele havia conseguido o meu número? Mas lembrei-me de ontem quando ele havia pedido o celular e anotou seu número nele, e pegado o meu.
Soltei todo o ar pela boca de uma vez.
O que eu faço? Eu deveria respondê-lo? Mas o que eu iria dizer a ele? Meu interior estava completamente confuso e sem saber o que fazer. Céus, como aquelas palavrinhas pode causar uma situação estranha e extremamente embaraçosa para mim, levando-me para o outro lado da minha linha de conforto?
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A Garota do Uchiha
FanfictionSakura Haruno é uma garota tímida com a autoestima baixa. Não tinha amigos, e era ignorada por todos na escola. Mas ela não se importava, estava conformada com o fato de ser invisível na sociedade, e principalmente estava conformada com sua solidão...