Capítulo 12

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Dois meses depois...

Eu e a Evie fizemos as pazes. Ela entendeu que aquilo foi apenas um desafio sem importância.

Ela e o Nath crescem cada vez mais na amizade, mas podemos ver de longe que eles estão apaixonados, só eles não assumem.

Eu e o Ethan? Estamos muito bem. Não temos nada sério, estamos ficando só. Mas nossos amigos do colégio já ficam falando de nós e insinuando muitas coisas.

Uma delas em particular me deixou incomodada: alguns acham que o Ethan apostou em me levar pra cama. Claro que ele negou com todas as forças e jurou que era mentira e eu acredito nele.

A Irina ficou brava, apesar de ela dar a entender que não foi atingida. Não sei porque ela insiste em passar essa imagem de uma garota filhinha de papai que se importa muito com o que pensam e falam sobre ela.

Mas enfim, não rolou nada demais entre nós dois, até porque não tiveram muitas oportunidades.

Ontem eu fiz a maior burrada de todas: contei para o Ethan que amanhã é meu aniversário. Ele ficou tagarelando sobre isso o dia de hoje inteiro.

- Como pode me avisar só agora? - ele pergunta indignado e eu apenas encolho os ombros - E agora eu só tenho um dia... Não! Metade de um dia para pensar e preparar seu presente.

- Eu não quero presente.

- Mas eu vou te dar um presente você querendo ou não.

- Então se vira.

Ele revira os olhos e para de andar. Decidimos andar um pouco em um parque perto da escola, para relaxar e conversar.

Aos poucos, ele vai abrindo um sorriso e seus olhos começam a brilhar.

- Já sei! Vamos em uma boate de um amigo meu. Já que amanhã é sábado, é perfeito! Te busco às 21:00. - ele me beija e sai correndo indo embora. Que menino louco.

A Evie e o Nath irão conosco. Tenho certeza que vai rolar alguma coisa, até porque eu já tenho todo o esquema na minha cabeça, só falta o Ethan concordar em me ajudar.

O dia de amanhã promete. Eu até pensei que seria como os outros aniversários meus: passar o dia em casa e a noite, meu pai comprava um bolinho só para nós dois para cantarmos parabéns.

Minha mãe nunca ligou para nós, desde que foi embora. Nem no meu aniversário. Quando ela disse que iria embora, eu chorei muito e me fechei de todos por causa disso. Achava que não fui boa o suficiente para fazer ela ficar com a gente.

Mas ela foi embora porque não amava mais meu pai e estava apaixonada por um homem que conheceu em um bar e eu me conformei com isso depois de um tempo. Só que uma coisa nunca mudou: continuei fechada a minha vida toda, porque ela não ligava pra mim.

Fico andando mais um pouco sozinha pelo parque, pensando em como minha vida mudou de uma forma radical; eu não tinha amigos - apenas meu pai - e agora eu tenho milhares de amigos que quero levar para a vida, um cara por quem me apaixonei, tenho meus pais e o Josh, até a Irina (sempre vou precisar de alguém para brigar).

Fico feliz depois de muito tempo pela vida que tenho.

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24/07/2017

Meri B.

Paixão Improvável - Série Desafios #1Onde histórias criam vida. Descubra agora