50% De Rebeldia

Capitulo 36

Isso é uma puta de uma palhaçada,vai toma no cú!

- Becca,ficar andando pra lá e pra cá,não vai resolver nada..- Thomas me diz,me olhando cautelosamente.

- Eu sei..- Me controlo,pra não descontar nele.

Merda,merda.

Me sento na cama.

- Vai ficar tudo bem ta..- Ele me olha nos olhos.

- Tudo bem..- Ele pega na minha mão.

As vezes eu penso..o que eu fiz de bom pra merecer o Thomas?
Serio por que,ele merece algo muito melhor.

- Que horas é nosso voô..- Pergunto.

- Daqui duas horas,já arrumei nossas malas..- Ele diz, e eu sorrio.

- Menos mal..

***
Sergio abre a porta e nos abraça.

Até que eu senti saudades dele.

- Feliz niver sogrinho,que Deus te abençoe...- Dou um beijo em seu rosto,e ele agradeçe.

E depois eu vou para cozinha,pra deixar aquele clima de pai e filho.

Tomo uma agúa,se for pra parar e pensar,nunca dei um abraço no meu pai.

Que se foda,eu odeio ele.

Logo irei visitar,a minha mamãe.

Aposto que ela deve estar sentido saudades minha.

Vou convida-lá,para tomar um whisck no inferno.

As vezes eu me sinto o capeta,mas não sou merda nenhuma.

Sabe do que eu me lembrei?do meu irmão,eu tinha esquecido que tinha um.

Ligo pra ele.

- Sentiu saudades..- Pergunto.

- Claro e você..- Ele pergunta zen,ele não muda mesmo.

- Eu não..- Sorrio e escuto sua risada.

- O que você quer..- Ele vai direto ao ponto.

- Eu não quero nada,só liguei pra te perguntar uma coisa..- Falo pensativa.

- O que é..- Seu tom de voz muda,apreensivo.

- A simone é sua mãe..- Pergunto e a linha fica muda,posso ouvir sua respiração.

- Sim..- Seu tom é de desgoto.

- Quando descubriu isso..- Pergunto seria.

- A muito tempo.- Ele responde.

Hmm

- Entendi..- Falo.

- Eu sei o que você está fazendo..- Ele afirma.

- O que eu estou fazendo..- Pergunto.

- Está contra nosso pai,você deveria ter escolhido o caminho mais facil..- Sua voz falha.

- O que quer dizer com isso..- Pergunto curiosa.

- Eu já fiz tudo isso,que você está fazendo agora..- Ele fala,fico surpresa.

- Não fique surpresa,eu achava que ia ganhar,mas ele fez da minha vida um inferno..- Sua voz vacila.

- Eu vou ganhar..- Digo fria.

- Eu sei que você vai,você é diferente..- Ele fala.

- Por que diz isso..- Pergunto.

- Você é corajosa,e luta pelo justo,eu desisti facilmente..- Ele responde.

- Eu vingo por nós dois..- Digo.

- Passar bem irmã,boa sorte..- A linha fica muda.

Caralho tanta coisa louca acontece né.
 
Vou a sala.

- Cade teu pai,Thomas..- Pergunto.

- Ele saiu,enquanto ele não está aqui eu encomendei um bolo..- Me sento.

- Que bom,to com fome mesmo.

Thomas me encara,e eu apoio minha cabeça no sofá e fecho meus olhos.

Eu desisto de tudo.

Thomas on..

Ela não está bem,não está.

Só de pensar que um amigo meu está morto,engûlo em seco.

Poderia ser ela,qualquer um de nós.

Escuto a campanhia,e abro a porta,pego o bolo e pago.

Está escritó " Parabéns papai 43 anos "é de chocolate e granulado.

Aluguei uns filmes também.

Não posso sair muito com meu pai,eu posso estar sendo vigiado,e eu não quero que nada de mal aconteça a ele.

- Nossa!- Meu pai chega e vê o bolo,e da um sorriso.

- Obrigado meu filho..- Ele me da um beijo,e na Becca também.

Cantamos parabéns,e passamos a tarde toda assistindo filmes e conversando,no anoitecer da noite fomos para nosso apartamento.

- Ta tudo bem Becca- Pergunto a avaliando.

- Ta sim..- Ela me responde desanimada,deitando na cama e eu faço o mesmo,olhamos para o teto.

- Se eu morrer,você promete não ficar doido,você promete que vai seguir em frente..- Ela fala encarando o teto,sonolenta.

-Eu não posso prometer uma coisa que eu não vou cumprir..- Olho para ela.

- Você precisa seguir em frente Thomas..- Ela sussurra,e dorme.

- Eu vou seguir em frente,junto com você boba...- Falo me virando - E se eu não seguir com você,não sigo com mais ninguém - Termino de falar,dou um beijo em sua testa e durmo.

***

Rebecca on..

Acordo,me expreguiço,vou ao banheiro faço minhas porcarias de sempre.

Thomas está dormindo,encaro ele,ele está sorrindo sem mostra os dentes,sua pele está vermelha por causa do calor.

Agora são oito horas da manhã,todo mundo esta dormindo,menos eu e alguns idiotas da rua.

Coloco uma roupa,pego meus documentos e passaporte,e uma mala,coloco só o necessario,escrevo uma carta para Thomas,caminho até a porta,olho para trás tendo a visão dele dormindo caminho até ele.

- Eu te amo...- Falo baixo e dou beijo nele,saio do quarto.

Pego um taxi,e ele me deixa no aeroporto,faço o cheki-in,meu voô é chamado,e eu caminho até o avião em passos lentos.

Olho para trás.
Não olhe para trás,siga em frente assim é melhor,minha consiência pesa.

Porra.

Sento na poltrona,e fecho meus olhos,pensando comigo,assim é melhor.

- Moça,moça..- Resmungo para Thomas,abrindo meus olhos.

Uma aeromoça na minha frente.
Ata lembrei.

Porra.

Acabei de chegar na Alemanha,Berlim.

Pego outro taxi,me estalo em uma pousada,não muito chique.

Coloco minhas coisas dentro de um armário,e deito encarando o teto.

Eu larguei tudo,eu desisti,porra eu sou uma vaca,não pretendo voltar,Thomas tem tudo pela frente,ele precisa terminar a faculdade dele,eu não posso colocar ele em perigo,o alvo sou eu,mas antes disso meu pai vai acertar todo mundo que eu amo.

E isso,eu não posso aceitar,de novo não,a partir de hoje eu sou outra pessoa,e dessa vez é serio.

Quebro o chip do meu celular,e  taco o meu celular na rua,preciso me desconectar de tudo depois compro outro.

Eu desisti da pessoa que eu mais amei na minha vida inteira.

Eu desisti da única pessoa que me amou de verdade.