Capítulo 8: parte.-I

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C. Uckermann

                                                         ♥
      O clima entre mim e Dulce ficou relativamente estranho depois do que ocorreu em meu quarto. Mas eu tive que ajudá-la a voltar para o quarto rosa de Elizabeth, que ficou furiosa e quase me matou por eu decidir assim, mas ela não pode opinar em mais nada já que sou o mais velho e ela sempre teve que obedecer as minhas ordens, sempre foi assim e não seria diferente agora.
     Deixar Dulce naquele quarto era covardia. Poderia adoecer ali onde concentrava uma grande parte de mais variados tipos de animais peçonhentos; além do mais ali vazia muito frio a noite, e ao dia calor absurdo.

— Obrigado.-sorriu quando coloquei sua mala de modo gentil no chão. Não como na primeira vez em que esteve aqui.
Retribui seu sorriso.

     Ficamos em silêncio apenas em uma longa troca de olhares. O clima estava estranho. Então ela desvia o olhar antes no meu rosto aos seus pés. Eu vejo isso como um deixa para eu me retirar.

— Se precisar de alguma coisa estarei lá fora.–digo. Ela assente ainda fitando o chão.

— Christopher. –me chama antes que atravessasse a porta me viro.

— Sim.

— Por que me odeia tanto?–sua pergunta me acerta em cheio no estômago. Não sei o que responder, e nem como reagir. Tento pronunciar algo, mas existi algo que impede que as palavras saem, estão engasgadas em minha garganta como nós cegos.

— E-eu não a odeio.–e o que consigo dizer. Fico impressionado ela com a sinceridade naquela frase.
Ela olha intensamente em meu rosto e eu tenho uma vontade louca de abraça-lá, mas eu não devo.

— Não é o que parece. Ontem quando você... Nós...nos...–ela para no meio da frase. Vejo os seus lábios tremerem de nervosismo. Eu sabia apesar de não terminar a frase o que ela queria dizer.

— Dulce...aquilo foi um erro, não devia tê-la beijado daquela forma, foi um erro.–erra um grande erro desejar tanto sua irmã, mesmo se for e meia.

— Eu sou tão ruim assim para você?–senta na cama e sem olhar em minha direção.

Ruim? Meu Deus Dulce! Você é maravilhosa, linda e quase perfeita. Eu que não sou bom o bastante para você. É isso que queria dizer, mas eu fico calado olhando para seu corpo. Ela não fazia a menor ideia do que causava em mim, e nem o que causava em qualquer homem.

— Não, Você é boa demais para mim.–eu meio que pensei alto demais. Ela finalmente olhou em mim novamente.— E...nos somos parentes. Não é nada com você.

— Hum.–murmura.— Christopher se quiser saber eu estou procurando um emprego, e depois que tiver dinheiro suficiente eu juro que irei ir embora, e não preciso mais ser um problema para você e  Elizabeth. – o que?

     Quando disse que queria que ela fosse embora? Não! Ela não podia ir embora.

— Em hipótese alguma, ninguém esta a expulsando daqui Dulce.–sento ao lado dela na cama.

— Eu sei, mas eu sinto que sou uma intrusa em ficar na sua casa sem fazer nada.

— Não diga isso, a casa é sua também, sempre foi. Você faz parte da família.– as palavras saem da minha boca e não tenho pleno controle sobre elas, mas não era mentira.

    O Limite De Te Amar (Vondy) [Livro Um]Onde histórias criam vida. Descubra agora