O Limite De Te Amar (Vondy) [Livro Um]

Epílogo

Aquele hospital havia se transformado em lar para mim depois que vendi nossa casa para pagar as despesas médicas. Havia anos que mamãe lutava por sua vida ali naquele leito hospitalar. Já havia dias que ela só piorava, a doença dela começara a sucumbila por inteiro. Na noite passada ela teve um crise de falta de ar e uma parada cardíaca os médicos tiveram que entubala.
Estou sentada em um poltrona - que também servia como cama.- Minha mãe estava mais pálida que antes e os batimentos lentos. Queria tanto está naquela maca no lugar dela, daria tudo para polpala desde sofrimento ostil que vem passado a um pequeno intervalo; primeiro a morte de papai/padastro e depois essa doença. Ela não sorria mais como fazia, não era mais alegre como antes.

— Dulce.— minha mãe me chamou com a voz rouca e fraquinha.

— Precisa de algo mãe?— perguntei indo ao leito onde ela se mantinha já a meses.

— Me-meu amor.— sua voz esta fraca e entrecortada. Uma de suas mãos toca na maçã de meu rosto. Seu olhar sombrio e sem vida corrompe o meu.- Dulce preciso que...— é interrompida por uma tosse rouca que sai de sua garganta.

- Precisa de que mamãe? Que chame uma enfermeira? Um médico.- estava quase saindo de perto quando ela segura meu braço.

- Não chame ninguém. Ninguém poderá me ajudar nesse momento.- seus olhos pequenos e negros começaram a marejar.

- Mamãe... Você vai ficar bem.- meus olhos ficaram marejados também.- ela limpou uma lágrima que caiu em meu rosto.

- Filha minha vida esta acabando.- essas palavras soaram com um soco em meu coração.

- Não! Mãe você é pe-pessoa mais forte e guerreira que conheço, não pode desistir assim.- eu soluçava enquanto o medo de perde-la me invadia.

- Shii....meu amor eu vou ficar bem. Olha para que eu...- toce rouca novamente.- Fique em paz preciso que vá atrás do seu pai.
Empertigei ao ouvi-la me pedindo a ir atrás da pessoa que nunca me quis.

- Mãe eu não quero ficar perto daquele homem.- respirei fundo para não começar a xingar.

- Por favor me escuta. Você precisa ir. Sabe aquela gaveta que vive trancada dentro dela tem tudo o que precisa, a chave está debaixo da minha cama.- uma outra onda de toce.

- Mãe não me peça isso...por favor. Ele nunca me quis e eu não o quero. Eu não faço parte da família dele, eu não preciso dele pois eu tenho você. Você vai sair dessa.- eu sabia que ela estava fraca e que adoença estava a destruindo, mas milagres existem.

- Olha eu sei que pode se cuidar sozinha, e que não precisa do seu pai, mas o Christopher precisa.

- Christopher? Quem é esse?- indaguei. Nessa hora a mão dele que estava em meu rosto de pendeu caindo e o monitor de seus começou apitar loucamente desmontando 0 % de batimentos. Comecei a gritar e sacudila até que um mutirão de médicos e enfermeiros adentraram o quarto. Alguns médicos começaram a me puxar, então começei e me debater chutar a gritar, mas eram muitos e bem mais fortes que eu.
Minha vida dava voltas naquele momento. Naquele momento a luz da pessoa mais linda e pura que conhecia estava se apagando de forma cruel. Era o fim da única alma que amava de verdade. Era o fim da minha felicidade.