Capítulo 10: parte.- II

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  D. Maria

       Sou acordada pelo tilintar estressante do meu despertador. É segunda, meu primeiro dia de trabalho e estou muito ansiosa, mal consegui pregar os olhos a noite, e terei que tomar um bom café para manter-me acessa e não fazer feio no 1° dia.
     Tomo um banho e procuro por uma roupa boa e que não me faça parecer uma mendiga ou uma abóbora ambulante. Escovo os dentes e travo uma luta com meus cabelos que parecem estarem mais rebeldes que o normal e fui tomada por frustração, então lembrei de estar indo trabalhar e não a uma festa.

Inspire e expire Dulce. Inspire...expire.

   Me olho no espelho umas cinco vezes e tento me conformar com a cara que eu tenho e o fato de meus olhos estarem com duas olheira horríveis causadas pelo noite mal dormida.

— Dulce acalma-se, você consegue.—digo em voz alta essas palavras.— Veja mamãe consegui um emprego, de garçonete, mas um emprego. Logo, logo voltarei para casa.—fechei meus olhos e tentei imaginar que estava comigo naquele momento, com seu sorriso e o brilho especial em seus pequenos olhos castanhos. Eu sentia falta de seus conselhos, abraços e beijos. Limpo as lágrimas em meus olhos e respiro fundo. Abro o criado-mudo e pego uma caixinha em formato de coração na primeira gaveta e pego uma pequena corrente dourada com um pingente oval onde há  foto minha e de mamãe abraçadas. Dou um beijo no pingente antes de colocar a corrente em meu pescoço. Sempre levava aquela corrente comigo, pois me trazia sorte e me protegia como se ela estivesse ali e estava.

                                                    ***
      Anahi me dá uma carona até o clube que não era tão distante da mansão e eu bem que poderia ir andando, mas Annie acha que não posso, já que sou novata na cidade e que posso me perder no caminho e eu posso dizer que ela tem total razão disso e o melhor foi aceitar a carona com a loira de olhos azul piscina.
    Anahi estava diferente da última que estive naquele carro indo em direção ao mesmo lugar. Anahi não estava tão super produzida como daquela vez e sim casual. Seus cabelos dourados estavam amarrados em uma trança que dançava em suas costas nuas pelo decote. Não estava super maquiada e tudo que podia perceber ter em seu rosto era rímel e um batom Mate rosa, usava um vestido longo verde e com várias flores e havia um decote nas costas onde estava sua trança enorme como a da Rapunzel. Também notei um pequeno colar com um pingente em formato de coração que cintilava em seu colo com sardas realmente mais belas que as que eu tinha.

— O Christopher não disse nada quando te viu sair?—perguntou ela depois de ter passado a metade do caminho em pleno silêncio.

   Quando estava saindo Christopher estava na sala sentado no sofá fitando a tela plana onde não passava nada por está desligada. Não disse nada ao notar minha presença e somente me deu um tchau e óbvio muito estranho.

— Não. —respondo enquanto olho as árvores passarem voado pela janela do carro.

— humm.—murmura e volta a calar-se.
Não parecia ser a mesma tagarela daquele dia e eu até estava achando que era um clone alienígena que queria meu cérebro para pesquisas.

— Anahi tudo bem com você?—pergunto pela primeira vez a ela que é a garota das perguntas.

— Sim. —suspira.— Anahi não está bem posso sentir.

— Anahi nós estamos tentando sermos amigas e é bom termos confiança uma com a outra, compartilhamos nossas tristezas e alegrias.—digo esperando que me xingasse ou que simplesmente me ignorasse. Mas uma lágrima saiu de seus olhos e me senti mal por isso.

Porque não fiquei calada?

— Anahi desculpa não queria fazê-la chorar.—

    O Limite De Te Amar (Vondy) [Livro Um]Onde histórias criam vida. Descubra agora