Acordo sobressaltada, estou soando e com o coração acelerado. Sonhar com mamãe era algo forte para mim e eu estava sentindo sua falta e eu queria esquecer de tudo e poder voltar no tempo, e eu não me canso de repetir.
Olhei para todos os cantos daquele quarto e me sinto totalmente intrusa. Meu lugar não era ali, aquela não era minha casa e nem aquela era minha família. Olhei para minhas roupas grudadas ao meu corpo pelo suor e vi que tinha desmaiado ali naquela, e que eu precisava de um banho. Então entrei no banheiro e tomei banho e coloquei uma roupa confortável. Eu não sairia daquele quarto por nada naquele dia se não fosse uma voz rouca e familiar me impedir de fazer o que queria.
- Dulce...-eu vi ele chamar. Fiquei paralisada e respirei fundo antes de responder.
- Oi.-disse um pouco hesitante. Não sabia o porque, mas Christopher me dava calafrios.
- O seu pai está te chamando para tomar...café com ele.-ele falou um pouco grosseiro a palavra "pai". Eu não entendia o porque dele odiar tanto o próprio pai - sei que eu não tenho amores pelo meu, mas tenho os meus motivos para isso. Christopher conviveu com ele desde que nasceu e eu não, éo odiava. Sei que nunca irei entender, pois não sei nada sobre a relação entre ambos e não podia julga-los sem saber.
- Eu já vou.-avisei. Pôde ouvi-lo bufar. Ele não ia com a minha cara.
Primeiro café da manhã com minha nova família e estou nervosa. Talvez tenham envenenado a comida e por isso me convidaram. Olhei para minha roupa e era a melhor que tinha, passei um pouco de maquiagem e desci pelas escadas da morte.
Todos os olhares foram em minha direção ea maioria de ódio e estranhamento. Fernando olhou para mim e sorriu.- Sente-se filha.-indicando a uma cadeira ao lado de Christopher, que pareceu se incomodar com àquilo. Fiquei parada no lugar sem me mover. Eu não me sentia adepta a eles.
- Não mordemos.-disse uma garota ruiva que parecia ter mais ou minha idade. Seu tom era meio de deboche e olhava para mim com desdem. Vi Fernando lança-lhe um olhar furioso.
- Natalia por favor.-pediu ele. Natalia revirou os olhos e ficou em silêncio após. Sentei após algumas trocas de olhares entre eu e Fernando. Christopher se levantou da cadeira ao meu lado e fez menção a sai da mesa, mas Fernando o repreendeu.
- Onde pensa que vai Christopher?-perguntou meu pai em um tom autoritário.
- Para o meu quarto.-disse totalmente calmo o que fez Fernando começar a mudar de tom.
- Não irá a lugar algum, irá ficar aqui e terminar seu café.-ordenou, mas Christopher não pareceu se importar.
- Com ela...-me encarando.- ...Eu não fico.-falou como se eu não estivesse ali. Me senti pequena. Porque de tanto ódio.
- Querendo ou não... Dulce faz parte da família. E você sabe o que irá acontecer com você se não obedecer.-eles trocavam olhares de ódio. Parecia que a qualquer hora iriam sair raios laiseres de seus olhos.
Algo que Fernando disse fez Christopher sentasse derrotado.
Passou o tempo todo sem direcionar um olhar a mim. Todos pareciam incomodados com minha presença, ninguém além de Fernando direcionava a palavra a mim, agiam como se eu não estivesse ali. E eu achei bom, não sabia o que diria se algum deles dissesse alguma coisa.
Me sentia uma intrusa. Eu sempre tive minha mãe ao meu lado no momento como aquele, mas ela não estava mas ali comigo. Preciso dela, de seus conselhos, abraços, beijos de tudo.(...)
Estou em "meu quarto" deitada vendo uma foto minha e de mamãe. Ela sorria enquanto me abraçava e eu sentia falta de tudo. Eu queria ter ido no lugar dela, o mundo não merecia perder aquela pedra preciosa que era ela, eu não faria tanta falta assim. Escuto alguém bater na porta.
- Dulce podemos conversar?-era meu pai. O que ele queria conversar comigo? E porque?
...
Fomos até um lugar que parecia um escritório. Ele indicou a uma cadeira para que sentasse nela. Eu o fiz.
- Bom...temos muitas contas pendentes...hum.-começou ele e depois ficou em silêncio, talvez esperando que dissesse algo.
- Não precisamos conversar sobre isso.-disse fitando-o chão aos meus pés.
- Claro que precisamos. Sei que não fui um pai presente em sua vida, me arrependo amargamente pelo que fiz a sua mãe e a você e juro tentar pelo menos criar uma relação boa entre nós dois, e espero que aceite meu pedido de desculpas. Bom mas eu entederei se não quiser.-concluiu por fim. Não sabia se seu arrependimento era verdadeiro, mas eu lhe daria uma chance de pelo menos termos uma relação familiar boa.- Então o que me diz?
- Podemos tentar Fernando.-o respondi.
- Ótimo, e por favor me chame de pai, se não for o bastante para você.
- Não é Fernan...pai.-sorri. Era estranha chamar outra pessoa daquele jeito, mas tinha que me acostumar a chama-lo assim, já que ele era meu pai e biológico. Ele sorriu comigo e disse.
- Que ótimo. Enquanto ao Christopher não de muita importância ele é assim com todo mundo.
- Eu...não me importo.-forçei um sorriso falso. Eu me importava um pouquinho.
Espero que tenham gostado deste capítulo. Apesar de acha-lo meio ruinzinho 😕. Quero comentários pois ai eu vou saber que estão gostando, e até hoje só tenho uma 🔯 e que eu mesmo votei 😆. Bjs da Vivi meus amores 😘😘😘😘😘.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Limite De Te Amar (Vondy) [Livro Um]
Fanfic" Minha vida dava voltas naquele momento. Naquele momento a luz da pessoa mais linda e pura que conhecia estava se apagando de forma cruel. Era o fim da única alma que me amava de verdade".