O Limite De Te Amar (Vondy) [Livro Um]

Capítulo 5: parte.- I

C. Uckermann

— Christopher...- Eliza me chama escandalosamente como se fosse surdo. Como um raio ela aparece na porta da cozinha e eu recuo imediatamente. Seus olhos azuis me fitam e após a Dulce. Ela percebeu algo. O que estava pensando?

— Hã...onde estava?-pergunto para disfarçar. Ela balança os logos cabelos praticados no ar como se espantasse algum tipo de inseto.

— Estava no shopping com Emmy e Dove.- disse indicando para as inúmeras sacolas em suas mãos. Tudo era de marca e das mais famosas e caras.- ela olhou fixamente para a garota morena de peculiares cabelos cor de sangue ao meu lado totalmente sem reação. Ah! Como eu queria ter o poder de voltar ao ponto em que paramos.- E você o que faz aqui?-direcionando a Dulce de forma grossa. - Não vê que nós estamos em uma conversa particular...sai daqui, vá. -ela falava como se Dulce fosse um cão sarnento. Ela se levantou se prestanejar e sumiu na porta dos fundos deixando eu e a loira mal-humorada assos. Não sei porque, mas o modo como minha irmã tratou Dulce fez com me sentisse incomodado.

— Precisava trata-la dessa forma?-digo após ter certeza de que ela não nos ouvia. Eliza fez uma careta colocando as compras sobre a mesa e se virando para mim cruzando os braços sob os seios.

— Eu a trato como merece. Então já está fazendo efeito o feitiço?-deu uma gargalhada sínica.

— Do que esta falando?

— Do que estou falando? Sério? Se não percebeu até ontem você não queria olha-la nem pintada de ouro, mas hoje estavam quase aos beijos aqui na cozinha.-fez cara enojada. Seu corpo delicado sacudia freneticamente enquanto as palavras eram vomitadas. Eu amava Eliza, mas as vezes eu tenho vontade de tranca-la no porão e jogar a chave fora.

— Acho que a oxigenada já está afetando seus neurônios. -indico a sua cabeça. A pele clara de seu rosto foi tomado por uma tonalidade avermelhada, não por vergonha e sim por ódio. Pude vê-la voando em meu pescoço, mas não foi o que aconteceu. Começou a chorar desesperadamente, não sei se o que disse seria tão assim para faze-la chorar, ou era somente um treato, já que ela sabia que eu não suportava ver a chorando. Sendo falso ou não a envolvi com meus braços.- Olha não precisa chorar. O que disse não foi para tanto.-ela soluçava e eu podia sentir seu corpo tremer.
— Eu...eu não quero que goste dela... não quero.- disse em meio aos soluços.- Por-por quase de-dela e da mãe, mamãe está naquele lugar para loucos.

— Olha ela nem era nascida, não podemos culpa-la.-disse realmente era meio inútil ter aquela perspectiva de que Dulce tenha culpa pois ela não pediu para nascer, ela simplesmente chegou. Eliza se desvencilhou de meus braços e começou a secar suas lágrimas borrando ainda mais a suas maquiagem.

— Mas eu não gosto dela. Pode ser que nem a mãe. Já perdi mamãe e papai, mas não quero perder você, foi o único que me restou e estão tentando me arrancalo também.-puxei ela em meus braços novamente.

— Isso nunca, nunca irei abandona-la. Você é minha irmãzinha, e que eu devo protegela de todos os males, ouviu? A Dulce não será capaz de nos separar.-vi um sorriso brotar em seu angelical rosto.

— Promente?-pergunta mirando meu rosto.

— Prometo.-dei um beijo em sua testa. Eu nunca a abandonaria, nunca. Eliza sempre me teve ao seu lado. Lembro de quando mamãe estava prestes a ganha-la.
Mamãe andava meio gorda e parecia que havia comido uma melancia inteira de uma vez. Mas ela ficava gritando naquela dia. Lembro de estar brincando com minha coleção de miniaturas de carro que papai trazia para mim todos vez em que viajava, e eu devia ter entorno de uns cinqüenta. Mamãe e saíram e eu fiquei preocupado com a demora e ficava perguntando a Marieta a babá que cuidava de mim se eles estavam voltando, e ela dizia: - Calma daqui a pouco eles chegam e com um presente. Fiquei esperando e se passaram dois dias e eu pensei que havido sido abandonado por eles, mas eles voltaram e realmente com um presente nas mãos, a pequena e frágil bebê que agora é uma mulher belíssima.