D. Maria
Fernando entra na sala com seus típicos passos elegantes. Analisa um por um de nossos rostos. Ele parece cansado e tem olheiras em sua face e parece ter envelhecido. Seu olhar parece doloroso ao ver a mala firme em minhas mãos, eu não iria soltá-las, nem por um segundo, eu decidi meu lugar não era ali e Deus sabia disso. Carmen parece espantada e como sempre bem vestida em um quimono azul e vermelho e calças sociais brancas e os cabelos louros platinados envoltos em em um coque belo e usava saltos alto pretos. Meu pai não estava tão arrumado como ela, usava uma camisa social branca e três dos primeiros botões estavam abertos, seu palito estava segurando, os cabelos semi-grisalhos bagunçados e a aparência cansada. Já havia um ano que ele estava fora e parecia ter mudado bastante depois disse, me senti um pouco mal por ter de deixá-lo, mesmo tendo me abandonado pela segunda vez eu tinha carinho por ele, e era ele meu pai querendo ou não. Minha mãe devia ter motivos para tê-lo amado e eu entendia ela, ele era bonito e até hoje era assim.
Suspiro tentando parar de chorar, mas meu coração queima e estou quase sem ar, as lágrimas parecem me sufocar, assim como os olhares em mim.
— Alguém pode me explicar o que está acontecendo aqui?— meu pai repeti a pegunta feita. Parece estressado.
Não consigo abrir a pouca para pronunciar qualquer coisa e as lágrimas ainda presentes e não sou capaz de controlá-las.
— O que acontece é que finalmente ficaremos livres dessa caipira.— Elizabeth sempre me pondo para baixo e sinto o fogo em meu estômago se tornar mais intenso. E tento me acalmar.
— Elizabeth menos por favor.— a repreende Fernando. E no mesmo instante seus olhos estão em minha já não posso mais olhá-lo.— Dulce você está indo embora?— questiona e eu somente respondo com aceno com a cabeça.
Fernando suspira pesado.
— Eu já imaginava isso.— ele conclui.
— Elizabeth o que é isso em sua face? — indaga Carmen.
— Essa selvagem me deu um tapa, pois ela não aguenta a verdade e eu sabia que ela não é tão boa quanto pensam, vejam só isso em meu rosto.
— Cala está boca Elizabeth.— e essa é a vez de Christopher falar.
— Nossa senhora.— pragueja a senhorita me fitando com espanto.
— Dulce podemos conversar assós um minuto?— ele pede.
— S-sim.— respondo com bastante esforço.
— Então venha comigo.— me chama com um gesto e eu o sigo arrastando minha mala.
***
Entramos em seu escritório e nunca havia me sentido tão nervosa como agora. Fernando pede para que eu sente e eu o faço. Ele anda de um lado ao outro naquela sala e aproveita para abrir a janelas e enxer sua xícara de café e pergunta a mim se eu queria alguma coisa, mas eu era incapaz de comer quaisquer coisa e eu não estava mais aguentando aquele silêncio entre nós dois e isso me dava aflição.
— Então está querendo voltar a Monterrey Dulce?— pergunta enquanto tamborila com os dedos sobre o balcão de madeira bem clara.
— Sim.— respondo cabisbaixa.
— Por algum motivo?— ele interroga.
Não sei o que lhes dizer, não sei se digo a verdade ou minto, mas nada vêem em minha mente e me mantendo na mesma forma e totalmente em silêncio.
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O Limite De Te Amar (Vondy) [Livro Um]
Fanfic" Minha vida dava voltas naquele momento. Naquele momento a luz da pessoa mais linda e pura que conhecia estava se apagando de forma cruel. Era o fim da única alma que me amava de verdade".