O Poço

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Esse foi o dia que Rory quase morreu, eu não estava lá, ele tinha mais ou menos 5 anos. Esse diário não é só minhas experiências, é mais como se essas histórias pudessem fazer algum efeito nas pessoas, sabe? E Rory é um dos únicos que me entendem nesse quesito. Eu pedi para ele escrever a história num papel na sala de aula, eu vou cola-lo aqui como um lembre-te. O papel está um pouco amassado mas ainda da para ler.

- Data embaçada

P.O.V  Rory

Então May, é óbvio que eu não posso lembrar de tudo e contar com detalhes, e também não posso contar todas as minhas histórias (apesar de que algumas suas são muito parecidas com minhas experiências) e sinceramente acho que algumas são mais pesadas que outras, essa é uma das das fracas... quem sabe um dia eu te conto quando eu passei 10 minutos no inferno? Pode até parecer brincadeira, mas até hoje tenho aquele corte profundo em minhas costas, do meu ombro a minha cintura. Bem, chega de enrolação.

Eu e minha avó morávamos em uma casa de campo, já que perdi meus pais em um acidente de carro. Ela ficava doente com muita frequência então tinha que a ajudar em tudo. Louça, chão, comida e etc... nesse dia ela estava bem disposta a ponto de não querer nenhuma ajuda minha. Na frente da casa tinha um celeiro que hoje em dia foi demolido e só a terra, nesse celeiro um homem a muito tempo atrás trabalha sem vontade e maltratava muito dos animais, ele era com cara bem maldoso. Um dia, supostamente ele morreu queimado pelo que os vizinhos me contaram, e fizeram uma macumba para ele. Ele fez uma coisa muito errada e ia sofrer a eternidade com isso sempre no mesmo lugar. Da janela do meu quarto a noite eu conseguia ouvir seu grito e ver o celeiro brilhando em vermelho como se algo estivesse pegando fogo, mas sempre achei que fosse coisa da minha cabeça já que só eu via.

Olhe eu mudando de assunto, nem é dessa história que eu ia contar, mudei tudo, vou começar de uma parte que eu não vou sair da linha da história de novo.

Bem, nesse dia em que minha avó estava disposta apareceu uma moça na porta de nossa casa e perguntou a minha vó se poderia pegar morangos em nossa orta, ela deixou e a moça foi pra parte de trás da casa onde também tinha o poço que usávamos para regar as frutas e vejetais tanto quanto para tomar banho e beber... Eu lembro que havia passado na hora um homem vendendo picolé e buzinando na bicicleta e reclamando quando a terra entrava em suas botas, fiz um escândalo para minha vo ir comprar, ela disse para eu não sair pra fora de casa e saiu correndo atrás do moço gritando para que ele parasse. Fui para meu quarto e deitei na cama olhando para o teto até que a mesma moça que estava colhendo os morango apareceu na minha janela e deu umas batidinhas. Abri e ela deu um sorriso largo, por um momento detectei maldade em seu sorriso, mas logo fico doce.

-Desculpe te encomodar menininho... você poderia me ajudar a recolher? Eu não sei quando um morango está com ou não... só colhi os que achei que estavam bons mas era poucos...

-Ok, eu estou indo... - ela saiu sa janela e voltou para a orta, fui até minha estante e peguei água benta e sal, pois eu vi em alguns filmes que isso espanta espíritos e esperei que que desse certo. Escondi no fundo do bolso e fui para o fundo da casa.

Como eu temi... estava vazio, fui andando devagar para perto do poço e esse foi um de meus maiores erros. Eu sei May, fui MUITO burro, mas eu ainda não sabia que eu podia ver essas coisas de qualquer jeito hoje não vai se repetir uma burrice dessas até anotei no meu bloco de notas:

"NAO VA PARA LUGARES ONDE UM POLTERGEIST PODE TE MATAR!"

Ela me pegou pela cabeça me jogando para trás, peguei o sal e joguei em cima dela e isso pareceu irrita-la mais, então abri a água benta e ameacei jogar nela. Foi quando ela me soltou, fui para longe do poço ainda amecando jogar quando minha avó pareceu, pegou a água benta de minha mão, fez uma reza em latim e jogou em cima da mulher que derreteu de um jeito grotesco.

-Espero que se divirta voltando para o inferno -disse ela em sussurro, ela me levou para casa e na cozinha enquanto preparava o jantar, ela pegou um dos picolés e entregou-o para mim -vamos fingir que isso nunca aconteceu...

Até hoje eu me pergunto o que teria acontecido comigo que eu não tivesse percebido aquele sorriso maldoso...

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Oie Pessoas! A história do celeiro foi uma lenda que eu encachei dos "caçadores de lendas" irei colocar o vídeo para você assistirem. Espero que tenham gostado e até a próxima.

Let Her GoOnde histórias criam vida. Descubra agora