Let Her Go

Escuro

- Agora você precisa ficar aqui, eu vou sair, Okay?

-Mas mãe, você tinha me prometido que não ia mais fazer isso.

-Mas eu tenho, não é muito longe de casa May, sua vó está de viagem, eu tenho a chave reserva, ai nos passamos uma noite aqui e vamos embora.

-Justo no meio do nada?

-É so um sítio.

Minha mãe então parou o carro e abriu a porteira, ao longe eu conseguia ver a casa escura e só o farol do carro iluminando tudo. Quando mamae freou eu desci com minha mochila, e fui para a varanda, ela trancou as portas do carro, abriu a porta da casa e logo ligou a TV.

-Se quiser comer alguma coisa, tem pão na cozinha é so fazer um lanche, eu volto as 23:00hrs, Okay?

-Okay - Ela me dá um beijo no Alto da cabeça, vai até a porta de entrada e abre a porta.

-Se alguma coisa aparecer, você ja sabe o que fazer -e então sai e ouço o som do motor ficando cada vez mais longe.

***

Já haviam se passado mais ou menos 3hrs e não tinha mais nada para fazer então fiz um sanduíche de manteiga de amendoim e geleia, comia enquanto mudava toda hora de canal. Acabei me levantando e fui a cozinha, peguei a bucha e comecei a ensaboar o prato.

Shhhhhhh....

Comecei a ouvir um barulho fraco vindo de fora da casa. Ignorei.

SHHHHHHHH....

Minha mãe deve ter chegado.

Enchaguei e enxuguei o prato, colocando-o no armário, sequei minhas mãos com o pano e fui até a porta.

Não vi nada.

Então sai da casa e fui até a porteira, por que as vezes o carro fica emperrado e nada de novo.

Olhei em volta tentando conseguir saber de onde vinha o som, olhei para a garagem e lá vi um vulto. Suspirei, será que outro guaxinim tava tentando entrar lá de novo?

Fui entrando dentro da garagem, então eu vi uma coisa enorme, suas feições eram escondidas pelo escura mas seus olhos brilhavam como lanternas, tinha chifres, era magro e sem pelos... Não sabia o que fazer, estava em choque e quando finalmente consegui me mexer, corri para dentro de casa e tranquei a porta.

Justo hoje que eu pensei que ia passar um dia sem ver nada estranho.

Olhei pela janela e ele estava lá, seus olhos brilhavam, olho para trás e volto a olhar na janela e ele não está lá.

Tic Tic Tic Tic Tic Tic

Fazia a maçaneta da porta como se alguém estivesse tentando entrar, eu nunca tinha lidado com isso. Já havia visto muitos os tipos de espíritos e demônios, mas aquilo não... aquilo não era humano.

Então ouço o ruído de um carro estacionando e a maçaneta para de mexer. A porta se abre e minha mãe aparece com uma caixa e corro para abraça-la.

-O que foi? Demorei tanto assim?

-Tinha... Tinha uma coisa la fora ele... ele... -Estava em choque, minha mãe colocou a caixa na mesa e me pegou no colo.

-Quer ir embora agora.

Assenti com a cabeça e minha mãe me colocou no carro e começou a arruma toda a bagunça que eu fiz na sala, pegou a caixa e entrou no carro.
-O que era?

-Só sei que não era humano.