O Inferno

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Abro a porta divagar com uma mistura de medo? Aflição? Saudade? Ansiedade? Não sei. Como esperado, la estava ela, sentada virada para a janela de costas para mim, me aproximei o máximo possível até ficar a sua vista.

-Leila? É voce querida? - disse ela com a expressão neutra -a quanto tempo, fiquei tão preocupada...- ela encostou sua mão delicadamente em meu rosto -chegue mais perto...

Minha cabeça estava mil, mal conseguia pensar, seu rosto estava pálido e cansado. Comecei a me aproximar mais, cada vez mais até estar totalmente frente a frente ao seu rosto.

-Acha que eu sou novata?

-O que?

Puxei sua cabeça para trás com tudo.

- Domine Deus omnipotens, veniam peto tenere non posset conari potestate tenebrarum nomini sancto tuo, et angelis spiritualibus bonis et angelis lucis simus semper líberi et vi conatus malum spiritualium et corporalium, dirige me in tenebras noctis...

Seu rosto mesmo com os olhos fechados, sabia que estava modificado, apertei-os mais e me concentrei na oração, seu corpo estava ajoelhado no chão ficando cada vez mais sem força.

-O divina sanctitate et purificate cultor invitis exigit, fiat!

Não tive coragem de abrir os olhos, senti entre meus dedos algo se deteriorando... lágrimas ja caíam em meu rosto, seria arriscado... mas, era melhor assim.

Regras:

[...]

Tenha em mente que se o ritual ser realizado corretamente não existe forma de volta conhecida, até que um portal seja aberto você ficará preso e isso pode demorar... até milênios...

Olhei pela janela do quarto, minha mãe estava lá, meu pai chega em casa, solta tudo o que tinha na mão. Já era visível as lágrima caindo de seus olhas, às suas bochechas e chegando ao pescoço, a abraçando com firmeza.

Então senti uma mão gelada tocar meus ombros.

Uma vida por uma alma.

Eu sei...

É melhor assim... -respondi e tudo ficou escuro.

Let Her GoOnde histórias criam vida. Descubra agora