Promessas (Série Coda - 1)

VII - Jantar em Família

Ele apareceu pela loja várias vezes depois disso, sempre na hora de fechar, e certamente saíamos para jantar.

Fiquei surpreso que ele parecia estar me procurando, mas eu estava emocionado ao mesmo tempo. Era fácil de falar com ele. Lizzy convidou-o para sua casa para um churrasco do Memorial Day. Ele parecia feliz por estar incluído, mas dois dias antes do que era suposto dele confirmar, ele entrou na loja para cancelar.

- Lizzy, você vai ter que me dar outro convite pra jantar. Meus pais decidiram vir pra uma visita nesta semana.

- Não há problema. - Disse ela, sem sequer tirar os olhos de cima de seu inventário. - Traga eles também!

Ele parecia um pouco assustado com isso, mas disse com firmeza:

- Não, eu não poderia fazer isso.

Agora, ela olhou para cima.

- Por que não?

- Eu não posso me intrometer assim.

- Não seja bobo. Quanto mais, melhor!

- Hum... - De repente, ele parecia terrivelmente desconfortável. - Entendo isso, mas é realmente uma má ideia. Você vai acabar lamentando. Acredite em mim.

- Meu Deus, eles são tão ruins assim? - Disse ela brincando, erguendo as sobrancelhas para ele.

Mas ele não parecia estar brincando quando respondeu.

- Sim. Eles realmente são. Você sabe aquele tio desagradável em todos os filmes que arruína todas as férias? Esse é meu pai. Sem brincadeira.

Ela o olhou por um minuto batendo o dedo sobre o lábio, como se tentando decidir o quão sério era. E então ela teve aquele olhar determinado em seu rosto, e eu queria lhe dizer que poderia muito bem desistir agora porque Lizzy iria conseguir o que queria.

- Matt, você nunca conheceu meus pais. Eles são loucos. Eu estou falando, maluco de pedra. Jared? - Ela virou para mim. - Diga a Matt. Meus pais são totalmente malucos?

- Bem...

Ela já estava conversando com Matt novamente.

- Sério. Seus pais não podem ser piores que os meus.

- Eu não sei...

- Ótimo! Então vamos vê-lo às cinco e meia!

Ela olhou para baixo em sua lista de inventário, como se o tópico estivesse fechado. Matt parecia um pouco confuso, como se não sabia bem o que tinha acontecido.

- Oh. Ok. Bem, obrigado, Lizzy. - Ele ergueu a sobrancelha para ela, embora ainda estivesse olhando para baixo, por isso só eu o vi. - Não diga que eu não avisei. - Virou-se e caminhou até a porta, mas depois virou no último minuto. - Lizzy, meu pai bebe muito.

Soou como um aviso.

- Sem problema.

Eles chegaram na hora certa. A mãe de Matt, Lucy, estava perto dos 54, alta, porém magra, seu cabelo estava em algum lugar na transição do marrom ao cinza. Seus olhos verdes pareciam tristes e nervosos, e seus dedos nunca paravam. Ela brincava com seu colar, brincos e seu cabelo constantemente.

Seu pai, Joseph, era grande. Tão alto quanto Matt com o mesmo cabelo escuro e corte militar. Ele, obviamente, já tivera a mesma compleição física atlética, mas agora tinha um pouquinho de uma barriga de cerveja e o nariz, vermelho bulboso de um empenhado bebedor. Eles trouxeram uma garrafa de vinho, tudo embrulhado em um saco de plástico. Assim que Lucy a entregou a Lizzy, Joseph disse: