XI - Armando a Barraca

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Ele foi bater na minha porta às sete e meia na manhã de sexta-feira. Eu ainda estava na cama.

- Jesus Cristo. - Eu gemi enquanto o deixei entrar. - Quando eu disse no início, não quis dizer ao romper da fodida madrugada. Eu não sou bom em ser alegre antes das nove horas.

Ele não chegou a rir, mas estava obviamente se divertindo. Seus olhos enrugados nas laterais um pouco e ele me deu um tapa de brincadeira na parte de trás da cabeça.

- O que você está falando? O sol está no alto há quase duas horas.

- Oh homem, eu odeio as pessoas matutinas. - Fui para a cozinha e comecei a fazer café. - Para o registro, "cedo" significa antes do almoço.

O que realmente o fez rir. Eu já o tinha escutado rir exatamente duas vezes. E sim, eu estava contando. Saímos para o café da manhã e depois começamos a preparar nosso equipamento juntos.

- Certifique-se de ter um pacote com abundância de roupas quentes. - Eu disse a ele.

- Por que eu preciso de roupas quentes? É verão!

- Nós vamos acampar a mais de 10 mil pés. Vai ser muito frio quando o sol se por, acredite em mim!

- Onde será exatamente o acampamento? - Matt perguntou, desconfiado.

- Que acampamento? - Eu estava rindo.

- Não estamos indo pra um acampamento?

Seu olhar confuso me fez rir ainda mais.

- Claro que não! Nós estamos indo pra algum lugar melhor do que qualquer acampamento!

Fomos cheios de bagagem para as montanhas em nosso caminho para fora da cidade, por volta das onze horas. Ele seguiu minhas indicações. Fomos mais acima à floresta nacional, depois para uma estrada de terra, e de lá, em uma trilha de passeio rochosa. Ele olhou em volta com dúvida. Estávamos indo na transversal até o lado da montanha. O chão se elevou brusco à esquerda e caía rapidamente à direita.

- Tem certeza que você sabe onde está indo?

Eu sorri para ele.

- Confie em mim.

Mostrei-lhe onde parar do lado da estrada; só havia espaço suficiente neste ponto para deixar o jipe fora da trilha e começamos a descarregar. Ele ainda estava olhando em volta com ceticismo.

- Nós provavelmente vamos ter que fazer duas viagens. - Eu disse enquanto lhe entreguei o cooler.

- Até onde estamos caminhando?

- Não muito longe. É mais ou menos íngreme, porém, não tente carregar demais de uma vez. A parte difícil é trazer de volta no domingo.

Ele me seguiu descendo a colina através de arbustos e árvores. Não havia muito um caminho definido, mas eu não precisava de um. Descemos cerca de cem metros de onde o terreno nivelava e depois viramos à direita por cerca de outros trinta, até chegarmos a uma pequena clareira. Muitas pessoas não sabiam sobre esse lugar.

Minha família tinha vindo aqui desde que eu era um garoto, e a localização foi um segredo que guardava zelosamente. Tínhamos provocado o Brian, que sabíamos que ele ia realmente se casar com Lizzy, quando finalmente a trouxe aqui pela primeira vez. Havia uma grande fogueira com pedras que Brian e eu tínhamos recolhido e empilhado.

Tínhamos bancos de madeira velha, feitos pelo meu pai e meu avô. Algumas famílias têm casas de veraneio. Esta era a nossa. Deixei meu equipamento e fiquei a observar o lugar. Atrás de nós, do lado direito, havia um dos grandes pilares rochosos, onde Matt e eu tínhamos escalado no dia em que nos conhecemos. Diante de nós estava o rio.

Promessas (Série Coda - 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora