Promessas (Série Coda - 1)

XVIII - Orgulho e Preconceito

Qualquer um que cresceu no Colorado pode dizer que não há uma garantia de um tempo firme constante; especialmente no Dia das Bruxas. Parecia que este ano não seria exceção. Estava úmido lá fora e a temperatura tinha acabado de cair abaixo de zero, quando Brian me ligou na noite de trinta de outubro.

- Jared! - Ele parecia frenético. - Lizzy... a bolsa rompeu. Chegar ao hospital! Agora!

Assim que encontrei a seção de maternidade, eu andei do lado de fora do quarto dela por alguns minutos. Não tinha certeza se eu deveria bater ou simplesmente entrar. Eu não sabia se as coisas estavam somente começando, ou se ela estava realmente em trabalho de parto. Ela teria seus pés em estribos? Haveria sangue por toda parte?

Eu não tinha a menor experiência com partos e não tinha ideia do que esperar. Eu parei uma das enfermeiras que ia entrar no quarto e lhe pedi para dizer a Brian que eu estava esperando lá fora. Deve ter sido em torno de meio segundo que ele veio voando para fora do quarto.

- Que diabos você está fazendo aqui? Entre! - Ele estava obviamente em pânico.

Eu nunca o tinha visto olhar tão esgotado. Seu cabelo estava espetado em todas as direções, e seus olhos eram enormes.

- Ela teve o bebê?

- Não! Mas ela vai começar a empurrar logo, e ela quer você lá!

- O quê? - Eu estava tendo terríveis imagens mentais de Lizzy em estribos, partes de seu corpo que nenhum de nós queria que eu visse e muito sangue. - Não! Eu não posso estar lá, enquanto ela está tendo o bebê!

Brian agarrou a frente da minha camisa e ficou na minha cara como não fazia desde que nós éramos adolescentes. Ele estava realmente abalado.

- Lizzy quer você lá. E se é isso que ela quer, então é isso que ela terá, mesmo se eu tiver que chutar o seu traseiro e arrastá-lo lá pelos cabelos pra conseguir isso! Entendeu?

- Ok! Brian se acalme. Estou indo.

Então, Brian ficou de um lado e eu fiquei do outro, segurando a mão de Lizzy, enquanto ela empurrava. Levou mais de uma hora e a pobre Lizzy estava uma bagunça até o final. Eu nunca tinha sido tão feliz por ser do sexo masculino. Finalmente, o médico prendeu alguma coisa sobre a cabeça do bebê que parecia com um funil.

Lizzy deu um último empurrão, o médico tirou, e o bebê estava livre. Um menino. Ele era careca, rosa e enrugado, e ele tinha um triângulo vermelho com raiva logo acima da ponte de seu nariz. Fiquei horrorizado, mas Lizzy assegurou-me que tudo isso ia passar.

- Estamos nomeando-o Henry James. - Ela disse com orgulho.

James, meu nome do meio, e Henry, o nome do meu pai. A beijei na testa. Brian o pegou e começou a passá-lo para mim.

- O que você está fazendo? Eu não posso segurá-lo! E se eu machucá-lo? - Ele riu de mim.

- É melhor se acostumar com isso, irmãozinho. Lizzy me contou sobre a noite semanal que nos prometeu.

- Você quer dizer que a noites de encontro semanal que ela me forçou? - Mas uma vez que ele estava em meus braços, eu vi que ele era lindo. E precioso. E o aperto horrível que havia no meu coração, desde que Matt me deixou aliviou um pouquinho. Eu ri alto. - Eu sou tio!

***

Na primeira terça de novembro, sete crianças estavam ao redor de minha mesa de jantar quando houve uma batida na porta.

Matt era a única pessoa que não tocava a campainha, e eu tentei manter sobre controle a emoção ridícula por ele estar aqui. Mas quando abri a porta era evidente que não era uma visita social. Era Matt, de uniforme completo, e outro policial estava com ele. Matt estava, obviamente, muito envergonhado.