XXVII - Desnudando um Amigo

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- Eu tenho cerveja! - Matt chamou quando chegou à porta. - Está na hora! Você perdeu o pontapé inicial.

Era domingo, oito dias antes do Natal. Nós estávamos ansiosos por este dia durante semanas, quando as nossas duas equipes favoritas estariam jogando outra vez.

- Qual a pontuação?

- Nenhuma ainda, mas é apenas uma questão de tempo, antes que o Broncos coloque seu Chiefs no chão.

Ele riu.

- Vamos ver Jarhead! Perdedor compra o jantar.

Foi um jogo apertado. Ficamos assediando um ao outro quando uma equipe tomava a iniciativa e depois a outra. Com apenas dois segundos sobrando, os Broncos estavam por um ponto. Os Chiefs foram se alinhando. Se eles fizessem isso, eu ganhava. É a loucura dos fãs de esportes em todos os lugares, que pensamos que poderia afetar o jogo da nossa sala de estar. Eu estava gritando.

- Perca! Perca!

Matt tinha os dedos brancos de tanto apertar na mesa de café na frente dele. O chute foi bom. Eu gemi. Matt gritou vitorioso, voltou-se e me atacou do outro lado do sofá. Foi embaraçosa a rapidez com que ele poderia me prender. Ele agarrou meu rosto e me beijou. Não foi romântico, mas um grande, triunfante beijo em meus lábios, e então puxou para trás, para olhar para mim com um sorriso enorme no rosto.

- Então, o que você está comprando pro jantar?

- Comida leve! Você está pesado! - O telefone tocou, e eu alcancei fora da mesa do lado, atrás de mim. - Olá?

Ele não tinha se afastado de mim, mas tinha se mudado para baixo. Ele tirou a camisa e estava tentando me distrair beijando o meu estômago.

- Matt? - Uma voz de mulher perguntou.

- Não, sou Jared.

- Jared? Eu tenho o número errado? Estou tentando falar com Matt Richards. Ele me disse que este era o seu novo número.

Ele foi empurrando minha cueca para baixo, e seus lábios estavam no topo do meu pedaço de pêlo. A tentativa de me distrair foi comprovada com sucesso quando eu disse:

- Ele está, pendurado aqui.

Ele começou a rir contra o meu estômago, e lhe entreguei o telefone. Mas o olhar feliz deixou seu rosto muito rápido, uma vez que ele começou a falar. Logo descobri que era sua mãe e fiquei surpreso que ele tinha dado o meu número. Então eu percebi que ele realmente não vivia no seu apartamento mais, talvez por isso fizesse sentido. Ele estava sentado agora.

- Não, mãe, eu queria que não fizesse. Estamos muito ocupados agora. Não, apenas não é um bom momento. - Eu sabia pelo olhar que estava me dando, de que não era algo bom. - Vai alugar o carro ou precisa de mim pra buscá-la? - Ele colocou os cotovelos sobre os joelhos e sua cabeça entre as mãos. - Sim. Certo. Ok. Adeus. - Deixou cair o telefone e sua cabeça caiu quase ao nível dos joelhos. - Foda, Jared! Isso é ruim.

Apesar de seu sofrimento óbvio, eu achei que eu não estava muito preocupado com nada disso. Seria apenas por alguns dias e, então, estaria de volta ao normal. E ultimamente, 'normal' para nós foi inacreditavelmente bom. Agora que não estamos brigando mais, tudo parecia perfeito. Nada poderia escurecer muito o meu humor. Assim, a minha voz era leve quando eu perguntei.

- Eles estão vindo te visitar?

- Sim.

- Pro Natal?

Promessas (Série Coda - 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora