- Você não vai rir, é sério? - encarei Will, desacreditado.
Ele negou com a cabeça, alguns fios de seu topete loiro despencaram para frente, sobre a testa levemente rosada.
- Isso é incrível, e muito fofo, na verdade.
Sinto minhas bochechas esquentarem e encaro minha comida, uso o garfo para espetar o pedacinho de bolo que havia ali.
- Acho que ele só tá me enrolando.
- Arg, deixa de ser chato Flinn! - Will abanou a mão. - eu nunca vi ele com outro cara por aqui.
- Só por que não viu, não significa que não existem.
- Você é um porre menino.
- Eu sei.
Will me encarou, logo pegando o garfo de minha mão e comendo do meu bolo.
- Vai ver ele hoje? - me perguntou.
- Não sei, mãe deu bravo quando cheguei tão tarde ontem. - suspiro.
- Own, esqueci que você é um bebê! - apertou minha bochecha e fiz uma careta para ele.
- Atrapalho?
Quase pulo da cadeira quando a voz fala tão perto de mim.
- Porra que susto! - digo com a voz mais fina que o normal.
Cal sorriu, mostrando aquelas lindas fileiras de dentes brancos e seus olhos caíram famintos sobre Will.
- Você nunca atrapalha. - disse meu amigo, com um sorriso tão apaixonado que eu mal conseguia o reconhecer.
- Mesmo? Vocês pareciam estar se divertindo sem mim.
Will riu e mordeu o lábio, os olhos brilhando ao encarar o afrodescendente.
- Você fica lindo com ciúmes!
- Ciúmes, eu? - Cal riu antes de virar o rosto para o lado com uma expressão irritada. - estou mesmo.
Fiz uma cara de quem ia vomitar ao ver os dois.
- Meu Deus, vão para um motel!
Will me sorriu safado.
- Tão virgem meu bebê
- Vai pra bosta, Will! - reclamo e cruzo os braços, emburrado.
Cal riu e afagou meus cabelos.
- Você é uma gracinha.
Will bateu em seu peito e, visivelmente sarcástico, estalou a língua.
- Como é que é Cal?
O maior voltou a rir e deu uma bela tapa na coxa de Will, ambos estavam sentados na minha frente, isso é muito constrangedor!
- Não se preocupe, ele é fofo como um irmãozinho, e eu não curto incesto.
- Acho bom.
Cal entreabriu os lábios e puxou Will pela nuca, colando a boca a dele, num beijo tão pornográfico que quis me esconder em baixo da mesa. Olá, eu ainda estou aqui! Mas eles não aparecem se importar.
- Ahh, se comportem! - cubro o rosto com as mãos, ouvindo o sino tocar em seguida, me levanto rápido.- Vamos Will, vai começar! - puxo ele pelo ombro, e é quase uma missão impossível levá-lo para a sala, sua boca parece ter sido costurada a de Cal.
Longos minutos depois estávamos no corredor quase vazio, chegando a nossa sala.
- Não sei como consegue. - quebrei o silêncio.
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Arraste-me
Teen FictionISSO NÃO É UM ROMANCE. Max era sinônimo de encrenca. E eu, é claro, tinha que me apaixonar. "- Alguém cai nas suas cantadas? - Até hoje elas nunca falharam, ruivinho."