6. Ele é lindo

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- Você não vai rir, é sério? - encarei Will, desacreditado.

Ele negou com a cabeça, alguns fios de seu topete loiro despencaram para frente, sobre a testa levemente rosada.

- Isso é incrível, e muito fofo, na verdade.

Sinto minhas bochechas esquentarem e encaro minha comida, uso o garfo para espetar o pedacinho de bolo que havia ali.

- Acho que ele só tá me enrolando.

- Arg, deixa de ser chato Flinn! - Will abanou a mão. - eu nunca vi ele com outro cara por aqui.

- Só por que não viu, não significa que não existem.

- Você é um porre menino.

- Eu sei.

Will me encarou, logo pegando o garfo de minha mão e comendo do meu bolo.

- Vai ver ele hoje? - me perguntou.

- Não sei, mãe deu bravo quando cheguei tão tarde ontem. - suspiro.

- Own, esqueci que você é um bebê! - apertou minha bochecha e fiz uma careta para ele.

- Atrapalho?

Quase pulo da cadeira quando a voz fala tão perto de mim.

- Porra que susto! - digo com a voz mais fina que o normal.

Cal sorriu, mostrando aquelas lindas fileiras de dentes brancos e seus olhos caíram famintos sobre Will.

- Você nunca atrapalha. - disse meu amigo, com um sorriso tão apaixonado que eu mal conseguia o reconhecer.

- Mesmo? Vocês pareciam estar se divertindo sem mim.

Will riu e mordeu o lábio, os olhos brilhando ao encarar o afrodescendente.

- Você fica lindo com ciúmes!

- Ciúmes, eu? - Cal riu antes de virar o rosto para o lado com uma expressão irritada. - estou mesmo.

Fiz uma cara de quem ia vomitar ao ver os dois.

- Meu Deus, vão para um motel!

Will me sorriu safado.

- Tão virgem meu bebê

- Vai pra bosta, Will! - reclamo e cruzo os braços, emburrado.

Cal riu e afagou meus cabelos.

- Você é uma gracinha.

Will bateu em seu peito e, visivelmente sarcástico, estalou a língua.

- Como é que é Cal?

O maior voltou a rir e deu uma bela tapa na coxa de Will, ambos estavam sentados na minha frente, isso é muito constrangedor!

- Não se preocupe, ele é fofo como um irmãozinho, e eu não curto incesto.

- Acho bom.

Cal entreabriu os lábios e puxou Will pela nuca, colando a boca a dele, num beijo tão pornográfico que quis me esconder em baixo da mesa. Olá, eu ainda estou aqui! Mas eles não aparecem se importar.

- Ahh, se comportem! - cubro o rosto com as mãos, ouvindo o sino tocar em seguida, me levanto rápido.- Vamos Will, vai começar! - puxo ele pelo ombro, e é quase uma missão impossível levá-lo para a sala, sua boca parece ter sido costurada a de Cal.

Longos minutos depois estávamos no corredor quase vazio, chegando a nossa sala.

- Não sei como consegue. - quebrei o silêncio.

Arraste-meOnde histórias criam vida. Descubra agora