Meu Primeiro - Família Lorenzo (Livro 2)

Capítulo 1

Rose Lorenzo

Quando meu irmão, Ross voltou da Inglaterra, me senti inteira de novo, meu irmão gêmeo estava por perto de novo. Mal sabe ele a falta que me fez os anos do ensino médio longe, aqui eu só tinha a Beatrice e olhe lá, por mais que eu a ame, as vezes só queria chegar na minha metade e desabafar.

Pensava eu que tudo ficaria bem, porém ficou foi um inferno temporário, ele sofreu ataque de enxaqueca uns dias depois que chegou, pior dia da minha vida. Nunca tinha o visto chorar, foi desesperador.

Depois os ataques a Bea, não sabia o que fazer, Ross não saia do hospital que ela ficou internada... fiquei com ele em cada momento, o dando força para segurar a onda. O foda que foram duas vezes que ela parou no hospital, na segunda vez eu não sabia o que falar a ele, queria chorar com ele, não aguentava mais tristeza na nossa família.

Foi nessa que Carlos se aproximou de mim, no momento que eu estava com a guarda baixa... precisava conversar com alguém, desabafar e ele estava na minha frente justo quando me quebrei em chorar.

Desde de então, se tornamos meio que amigos, apesar de ser difícil o ter por perto. tento ser legal, porém se eu for, aquele sorriso me derrete e tenho medo do que sou capaz de fazer. Então o maltrato sempre que posso, como minha defesa.

Só que não sei até quando vou conseguir, ele me propôs de ir no casamento em Angra dos Reis com sua família toda reunida. Eles pensam que ele é gay, mal sabem eles que Carlos é maior conquistador.

Amanhã é dia de pegarmos a estrada e eu não me sinto preparada para isso, passar o fim de semana com ele, com a família dele e pior ainda, dividir o mesmo quarto com ele.

- respira Rose. – digo a mim mesma. – se acalma, você é forte garota, só o ignorar.

Eu consigo, fazer isso.

Eu consigo.

- merda, cadê? – grito por ajuda. – mãeeeee.

- vou ficar surda assim. – dona Chyarah entra no meu quarto resmungando. – o que foi ?

- viu meu vestido preto ? tenho uma reunião na editora com uma escritora e queria usar ele. – meu quarto esta todo revirado, nenhuma roupa me agrada, quero o vestido preto.

- segunda porta em seu armário, canto direito, o último. – orienta.

- bruxa.

- oh a boca. – sai rindo.

Sigo suas orientações e não é que esta certa, credo, mãe é uma coisa de louco mesmo, vai entender se é do bem ou não.

Me arrumo rapidamente, já vi que minha manhã hoje será corrida, então nem academia pensei de ir, pulo hoje, assim também não vejo aquele fulaninho do Carlos até amanha de manhã.

***

- foi um prazer conversar com você, Rose. – Cristina estende a mão, a aperto.

- o prazer foi o meu, então, temos um contrato ?

- sem dúvida. Irei já falar com seu pai sobre, obrigada pela explicação.

- nada, eu quem agradeço. – a levo até a porta do meu escritório. – até qualquer dia.

- até. – ela se distancia.

- isso, Rose. – comemoro fechando a porta. – mereço um aumento.