Meu Primeiro - Família Lorenzo (Livro 2)

Capítulo 19

Rose

- que cara é essa ? – seu Pietro, meu pai me acompanha para o hall da editora.

- Carlos não apareceu na academia, não respondeu minhas mensagens, não me ligou, estou surtando pai.

- surtando como ? – me olha desconfiado.

- com medo de algo de ruim ter acontecido com ele, poxa. Ele nunca falta academia. Queria ter ido lá o vê, mas o Ross ffalou que faria.

- e aí ?

- falou que ele estava bem. E só.

- então esta tudo bem.

Não entra na minha cabeça que ele esta bem, cheguei na academia no horário que ele entra e não o vi até a hora que fui embora. Liguei mandei mensagem e nada dele retornar. Vim para o trabalho com o coração na mão, a cada minuto que ficava livre, ligava e ele nada.

Isso esta me corroendo por dentro, sinto vontade de chorar, correr que nem louca para casa.

- oh a peste ali. – papai aponta para fora sorrindo. – se acalme, minha menina.

- farei isso, pai. – ele me dá um beijo.

Saimos, ele comprimenta o Carlos rapidamente, me mantenho afastada o olhando de cima a baixo procurando algum machucado, quando não acho, procuro em seu rosto alguma careta por conta de esta sentindo dor e nada.

Aparentemente ele esta bem e isso esta me quebrando, ele rejeitou minhas ligações porque quis, tenho sido grudenta então.

- Boa noite meu amor.

Minha vontade é de gritar com ele, sair para o outroo lado ou voltar para casa com meu pai, não com ele. Porem respiro fundo, não o respondo, entro no carro em silencio e não falo um ai o caminho todo.

Quando ele estacionou de frente a nossa casa, não o esperei, sai na frente, que vontade louca de chorar.

- mais o que... – congelo na porta. – o que aconteceu aqui ?

- Surpresa. – me abraça por trás – Sei que esta uma fera querendo me matar por não ter falado com você o dia todo. – me vira de frente pra ele – Mas mudar um apartamento da um trabalho sabia.

- por que fez isso ? mudou o seu apartamento.

- Não gostou?

Me afasto dele, olhando em volta, o sofá reformado, nossa foto, me sento no chão encostada no sofá.

- eu amei, juro. – soluço. – só fiquei com medo, você não me responde o dia todo, não foi na academia. Fiquei com medo de algo ter acontecido com você. Ross falou que estava tudo bem, porem não acreditei muito. E agora chegando em casa vendo tudo isso, dá uma sensação de alivio tão grande e uma alegria, que não consigo parar de chorar. – rio. – eu amei a mudança.

Ele se abaixa ao meu lado, o abraço apertado, inspirando seu cheiro. Só agora vejo o tamanho da dor que sentiria em o perder, o quanto ele me conquistou esse 1 mês de namoro.

Ele me mostra o resto da casa, nosso quarto como ele fala, esta mais vivo e... e... não sei explicar, esta com cara que realmente um casal dorme ali.

Cada cômodo que vejo choro mais, ficarei desidratada.

Carlos

A cara dela na porta da editora me confirmou que ela estava uma fera comigo, e isso foi se agravando com seu silêncio, eu achei que ela ia explodir a qualquer momento, me xingar; bater mas ela não o fez, só ficou quieta. Isso até ela abrir a porta o apartamento e ver que tudo esta diferente. Os olhos brilhavam parecia que estava vendo algo maravilhoso. Em cada cantinho que entrávamos ela chorava mais ainda... E eu nem terminei as surpresas ainda.

Deixei nosso quarto por último, e ela ficou encantada, ainda mais ao ver nossa foto na parede atrás da cama, me sento na beirada da cama... Enquanto ela circula pelo quarto.

- Abra o guarda roupa. - ela para é me olha. – Vai lá.

- Hum... bom. – coça a garganta. – Bom e vazio.

- Se você quiser pode enche - lo - ela se vira rápido pra mim – Assim não precisa ficar trazendo e levando um monte de coisas todo final de semana – dou os ombros sem graça.

- Sabe que com isso não sairei mais daqui né ? – vem até mim.

- A idéia ê essa - a puxo pro meu colo e pego uma caixinha no criado mudo – Pra você.

- Opa, Carlos sei que fez a mudança e eu trazer minhas coisas, mas vamos com calma baby. Ainda não acertamos algumas coisas para tomar essa atitude ainda.

- Eu sabia que ia pensar isso – dou risada – Abre a caixa, ainda não é um pedido de casamento, fica tranquila.

- É melhor que um anel. – comenta chorando olhando a chave. – Te amo, te amo, te amo, te amo. – beija cada parte do meu rosto. – Meu Deus, como eu te amo homem.

- Também te amo.  – beijo seu pescoço – Agora pode entrar em sair a hora que quiser.

- Não quero mais sair.

- É não precisa se não quiser, agora a casa também é sua... Eu sou seu... Todo seu.

- Você esta me destruindo em lágrimas hoje, tigrão.

- Vai parar de chorar para jantar? – enxugou suas lágrimas – Pedi comida japonesa.

- Vou não, acho que cada vez que o olhar vou chorar. – acaricia meu rosto. – A felicidade é tanta que mal consigo conter as lágrimas. Agora, só não faz a merda de não me responder. – me belisca. – Pensei o pior, quando me buscou na editora, pensei que tinha feito de proposito, pois estava sendo grudenta demais. Me senti péssima.

- Desculpa mais eu estava com tanta coisa pra a fazer, e a idéia de não responder foi do Ross. – eu a beijo – Ele é Jorge me ajudaram.

- Ele me paga. – me da um beijo de esquimó. – Obrigada por tudo isso, por cada detalhe pensado em mim.

- Tudo o que faço é sempre pensando em você.

- Eu vou chorar mais. – ri alto. – Vamos comer, se não hoje fico desidratada.

- Vamos tigresa – levanto puxando ela comigo. – E você lava a louça.

- Estava bom demais pra ser verdade. – rola os olhos.

Depois das muitas emoções deste dia, sentamos no chão da sala para comer, ela estava linda, relaxada como se fizéssemos isso todos os dias por anos... E é isso que eu quero.... passar minha vida inteira com ela... e a louça. Fica pra amanhã, por que acho que vou estrear o nosso novo sofá.