Capítulo 4

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Carlos


Acordo com alguém me chacoalhando, no susto me viro jogando a pessoa do meu lado ficando por cima. Só então me lembro de onde estou e com quem estou 

 merda

- Me desculpa te machuquei? – porra a cara dela é de uma fera – Eu estava sonhando que estava lutando.

- Filho da puta. – se afasta pisando duro. – Você precisa comer.

-Ei me desculpa, não estou acostumado com ninguém me acordando. – olho pra uma bandeja aí lado da cama. – Pra mim?

- Não, para o mendigo que vi na entrada. – ela se senta no poltrona. – Tudo bem, desculpado. Agora coma, precisamos lidar com o resto da sua família.

- Obrigado – coloco um pouco de café na xícara. – Não estou psicologicamente preparado para isso, depois da minha mãe, preferia voltar pro Rio. – Tento disfarçar minha tristeza.

- Eu sei, e te peço desculpas por ter a provocado ao ponto de falar aquelas coisas. – abaixa a cabeça. – Sinto muito mesmo.

- Não se culpe – apoio o dedo no seu queixo a fazendo olhar pra mim. – Você não tem culpa de nada... Nem eu sei por que ela agiu daquele jeito.

- Hum... me desculpa pelo beijo também. – ela olha para todos os lados, exceto para mim. – Foi coisa do momento.

- Por favor não se desculpe pelo beijo, ou então vou me sentir ainda pior. – me levanto indo em direção ao banheiro, não é possível que ela tenha se arrependido.

- Carlos ?

- Fala. - me recuso a olhar pra ela, estou me sentindo um lixo.

- Você beija bem, tigrão.

- De onde tirou essa de Tigrão ? - ela é maluca ou quer me enlouquecer. – Você também beija muito bem.

- Você é intimidador quando quer, me lembra um tigre. Aí preferi transformar em tigrão. – da de ombros. – Eu sei, não bato bem, porém na minha cabeça faz sentido.

- Intimidador? eu ? – dou risada essa é nova. – Vou tomar um banho, quer ficar uma volta depois?

- Não se deixe ser levado pela loucura da sua mãe, tigrão. Já te vi caçando as garotas na escola e literalmente você era intimidador. E sobre dar uma volta, aceito.

- Só pra constar nunca cacei ninguém. Já volto.

Vou para o banheiro ainda mais confuso, ela consegue me bagunça de uma maneira que eu desconhecia. Eu nunca imaginária que ela me achava intimidador, nem eu me considero assim. Termino o banho e coloco uma bermuda e uma regata... ainda esta cedo, e acho que uma volta na cidade, talvez um pulo na praia nos ajude a relaxar, por que a noite teremos um bendito jantar em família, e eu não estou nem um pouco feliz de rever algumas pessoas.





Rose


Por que ele tinha que dormi sem camisa ?

Quando sai do banho, primeira coisa que vejo é ele deitado de bruços. Porra, a vontade de me deitar ao seu lado e distribuir beijos por sua costas foi demais. Me vesti rapidamente e fui pessoalmente vê algo para ele comer, se eu ficasse mais um minuto no quarto com ele, ia fazer besteira.

Meu Primeiro - Família Lorenzo (Livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora