Meu Primeiro - Família Lorenzo (Livro 2)

Capítulo 34

Carlos

Dois, são mesmo dois... Rose tanto brincou que no fim acabou acertando... olho pelo retrovisor e vejo a felicidade dela e do Nicollas, não que eu não esteja feliz eu estou, mas também estou em pânico. Serão 3 pessoinhas que dependeram da gente, e eu não sei por onde começar.

Paro o carro na sorveteria, por que eu nunca negaria um pedido do meu tigrinho. Assim que entramos fazemos nossos pedidos, não consigo tirar os olhos da barriga da minha mulher, só de pensar quem tem duas pessoinhas ali dentro e que são nossas. Eu me sinto como quem ganhou na mega sena da virada ; e três vezes.

- Será que serão duas meninas? - eu nem sei por que estou perguntando isso.

- Espero que não. - ela ri. -- Se não tanto pai, como o irmão mais velho vão surtar quando elas crescerem e arrumarem namorados.

- Namorados? Rose não piora as coisas.

- Papai com medo. - Nick faz graça e acabo rindo.

- Estou falando. - ela gargalhada. - Amor, não vamos pensar nisso agora, estou preocupada com você.

- Comigo?

- Sim, já falamos disso de gêmeos. - me encarra seria. -- E você meio que se apavorou.

- Não foi meio.. Foi completo - confesso -- Eu só não esperava assim três de uma vez. Não que eu não queira, eu quero mas .

- Eu sei, é meio assustador. Também sinto isso, mas penso no que te falei, se Deus nos deu, sinal que somos capazes de dar conta. - ela pega minha mão. -- A gente consegue.

Eu sei que eu estou em pânico, só preciso me acostumar com a idéia de que nossa família cresceu de uma vez só.

- Rose eu sei que estou meio, tá completamente apavorado... mas também estou muito feliz, nossa família está crescendo e é amor demais dentro de mim... - beijo sua mão -- Tenho uma ideia e espero que goste..

- Manda. - me olha desconfiada.

- Lembra que te falei que precisaríamos de uma casa maior?

- Não quero sair da nossa. - faz bico. -- Gosto de lá, amor.

- Eu também gosto, mas temos que pensar nas crianças. Tem um apartamento vago no último andar do nosso prédio.

- Não sei. - solta minha mão e olha para Nick que se lambuza todo que nem a mãe comendo sorvete. -- Vamos pensar, ok ? Amo nosso cantinho, sei que precisamos de espaço, só me deixa absorver tudo isso.

- Amor, o apartamento é igual ao nosso, mas como é no último andar o espaço é multiplicado por dois, e não precisamos nos desfazer do nosso.

- O que faríamos com o nosso ?

- Fica sendo nosso refúgio, quando a gente quiser ficar um pouco sozinho podemos ir pra lá. E você pode fazer um escritório pra você lá.

- Sério ? - pergunta esperançosa. - Você faria isso ?

- Sim. Não perderíamos o nosso cantinho, você ganha um escritório e vai poder ficar perto das crianças.

- Como eu te amo, homem. – me da um selinho. – Obrigada.

Nick bate palmas animados, nos vendo com a testa um encostado na do outro.

- Não sei quem se lambuza mais, eu ou ele. – ela comenta rindo, limpando-o.

- Os dois - limpo seu rosto

Assim que chegamos no nosso prédio, peguei a chave do apartamento da cobertura.. quero levar logo ela para conhecer a nossa possível nova casa.... Assim que abro a porta Nick corre pela sala.