O Stef não parava de olhar para mim e isso já incomodava-me então lhe perguntei:
-Stef,perdeste alguma coisa aqui ?
-Não,é só que... Ehh deixa estar.-ele disse enquanto coçava a cabeça.
-Hum ok,agora se não te importas para de me olhar e concentra-te na aula.-disse-lhe e ele só acenou com a cabeça.
...
As outras aulas passaram rapidamente e chegou a hora do almoço, na verdade eu almoçava sozinha e muito rápido pois o resto do tempo ia ficar num jardim sozinha a pensar na vida ou melhor a pensar nas vezes em que o meu padrasto batia na minha mãe, era muito triste ter que ver a minha mãe a levar de uma forma muito dolorosa e não poder fazer nada. Sempre lhe dizia para irmos a polícia mas ela sempre dizia que não, não podia o fazer porque se não o padrasto lhe matava e ia lhe odiar para sempre então nunca o fizemos. Ouvi alguém chamar meu nome e logo depois apercebi-me que era o Stef.
-Então, estás bem ?-perguntou-me o Stef com cara de preocupado.
-Sim,sim estou bem. Vens almoçar comigo ?
-Claro.-disse ele com um sorriso na cara. Simplesmente olhei para ele e revirei os olhos. Não sei bem o porque mas eu não consigo ser simpática com as pessoas.
Estávamos só nós os dois numa mesa e todos olhavam para nós e eu não me sentia nada confortável perante aquela situação.
Como sempre fui muito rápida a comer e o Stef me olhou com cara de espanto.
-Já ??-Sim , e agradecia que fosses mais rápido pois quero sair daqui logo, não aguento mais todos estes olhares para cima de nós.-disse-lhe levantando-me para ir guardar o tabuleiro no lugar onde fica e quando estava a voltar ele já tinha acabado de comer e logo saímos de lá .
Fomos para o lugar onde eu sempre costumo ficar, era um lugar onde tinha muitas árvores e dava para nós escondermos muito bem, sentamos num tronco e logo depois começamos a conversar.
-Hmm,então fala-me mais sobre ti.-disse o Stef começando com a conversa.
-O que é que tu queres saber? E para que ? - perguntei-lhe como sempre muito seca e sem olhar para cara dele mas sim para as folha de uma árvore.
Ele ficou calado durante algum tempo a olhar para mim até que depois de algum tempo ele disse: tu és muito fechada, deves ter muitas mágoas dentro de ti.
Dei um sorriso abafado e disse : quem és tu para me dizer se tenho ou não tenho mágoas? e além disso devias é estar muito feliz porque em condições normais eu nem teria te deixado saber o meu nome.
FOGO,JÁ CHEGA. ESTAVA SÓ A TENTAR SER TEU AMIGO MAS JÁ VI QUE TU ES UMAS DAQUELAS "FILHINHA DO PAPAI"-ele gritou tudo isso e saiu de la me deixando sozinha.
Eu não sei o que acabou de se passar, ele gritou para mim e o pior de tudo é que ele disse que eu sou uma daquelas filha do papai, eu nem sequer tenho um pai. Lágrimas começaram a pedir para sair e eu logo deixei e comecei a chorar, não estava a chora porque o Stef tivera gritado comigo mas sim porque ele falou do meu pai e lembrei-me dele.
O toque se fez ouvir , limpei as lágrimas e arrumei-me para ir a aula de música. Quando entrei na sala vi o Stef rodeado de meninas populares,ele me viu a entrar e eu revirei os olhos indo em direção a um lugar para me sentar. Quando o stor entrou na sala ele disse que queria ouvir cada aluno a cantar uma música qualquer. Mas, como é que eu vou cantar em frente de estás pessoas? Não que eu não saiba cantar mas nunca ninguém me ouviu a cantar e ficaria nervosa.
Maureen,é sua vez - disse o stor fazendo um gesto para eu ir ao centro da sala.
Levantei-me e fui para o centro a sala e cantei what now da Rihanna. Quando acabei de cantar todos olhavam para mim com cara de espanto e o stor disse:não sabia que tinha uma voz linda menina Maureen. Simplesmente dei um sorriso fraco e voltei para o meu lugar.
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não tive escolha
Mystery / ThrillerEle matou a minha mãe! Tirou-me tudo que eu tinha, todas as minhas razões para viver! Poucos sabem sobre minha história,mas eu vou contar-vos,como eu o matei!