Mingus

1.3K 96 24
                                    

- O que foi? - Katelyn perguntou rindo enquanto estávamos deitados frente a frente.

- Nada. - respondi rindo.

- Você tem alguma coisa. - ela riu.

- Não tenho nada, louca. - respondo.

- Por que tá me olhando assim? - perguntou.

- Você tá bonita. - respondi sorrindo.

- Eu sou bonita. - ela falou e riu. - Obrigada.

- Não vai falar que to bonito? - perguntei rindo.

- Não. - ela riu de cara que fiz. - Bobo.

- Não vai falar? - perguntei novamente.

- Você não merece. - ela respondeu rindo e eu virei de costas. - A não, Mingus.

Fiquei virado de costas enquanto ela me cutucava e me chamava pelo nome.

- O que foi? - perguntei bravo ainda de costas.

- Vira pra cá. - ela pediu.

- Não faz essa voz pra mim. - falei segurando o sorriso.

- Por favor... - ela falou e novamente com a voz fofa.

- Eu te odeio. - falei sorrindo e virando de frente pra ela.

- Eu sei. - ela respondeu com o maior sorriso no rosto e logo depois me beijou.

- Por que estou recebendo beijos? - eu ri ao perguntar. - Você aprontou alguma coisa?

- Não posso mais beijar meu namorado? - ela perguntou se fingindo de brava.

- O que você quer? - perguntei rindo.

- Vai buscar as coxinhas pra mim. - ela sorriu.

- Ah não, Katelyn... - falei e na hora ela fechou a cara. - Não faz essa cara.

- Ok. - ela falou e se virou de costas.

- Não faz drama não, sua dramática. - falei rindo.

- Não sou dramática. - ela respondeu brava.

- Não mesmo, você é o drama. - falei dando ênfase no "você é"

- O que você quis dizer com isso? - ela perguntou se virando de frente pra mim.

- Que você consegue ser o drama puro. - respondo olhando em seus olhos.

- Sou incrível. - ela responde rindo.

- Não, não é. - falei rindo e ela fechou a cara. - Tá, você é.

- Por que você gosta de mim? - ela perguntou rindo.

- Porque eu sou trouxa. - respondi sorrindo.

- Ai, bobo. - ela riu e socou meu braço. - É sério... Por que gosta de mim?

- Você é a pessoa mais estúpida que eu conheço. - respondo

- E o que tem? - ela pergunta.

- A mais idiota, mais otaria, mais babaca, mais criança, mais dramática...

- Tenho impressão que você não gosta de mim depois dessa. - ela fala rindo.

- E tudo isso vira qualidades pra mim. - respondi e ela fez cara de nojo. - O que foi? - eu ri.

- Você é muito fofinho. - ela respondeu rindo.

- Eu sou um amorzinho. - falei.

- Não confunda fofinho com amorzinho. - ela riu.

- Não sou um amorzinho? - perguntei fazendo cara de triste.

- Nem vem com essa carinha. - ela disse. - Você sabe que eu caio nessa.

- Sim, eu sei. - respondi sorrindo

- VAI BUSCAR A COXINHAAAA. - ela disse quase em um berro.

- Vai acordar o Chan e a Lily babaca. - falei rindo e tapando a boca dela.

- Como sabe que já estão dormindo? - ela pergunta tirando minha mão de cima da sua mão.

- Só imaginei. - eu ri.

- Ai que otario. - ela falou. - Agora vai buscar.

- Tá bom. - revirei os olhos e fui.

**

Ficamos acordados comendo até três horas da manhã e depois nos deitamos novamente e dessa vez apagamos às luzes.

- Estou orgulhoso de você. - falei fazendo carinho em seu cabelo.

- Por que eu consegui comer 90 coxinhas em um dia? - ela perguntou confusa.

- Não. - eu ri. - Talvez disso também. - ela riu. - Mas você se empenhou em estudar hoje... Até em matemática.

- Eu disse que eu iria... - ela falou sorrindo. - E obrigada por me ajudar.

- De nada senhora Pitágoras. - eu ri.

- Um dia vamos ensinar o teorema de Katelyn na escola, você vai ver. - ela brinca e nós dois rimos.

- Tá com sono? - perguntei.

- Não muito e você?

- Não. - respondi.

- Bom. - ela sorriu e eu fiz o mesmo.

**

Ficamos até às 4h. Definitivamente conversamos sobre tudo. Apesar dos nossos assuntos sempre voltarem para comida e a mais nova vontade da Katelyn, tortuguita.

Depois de um tempo, percebi que Katelyn havia adormecido em meus braços e então eu também iria.

- Boa noite, estúpida. - falei baixo a ajeitando na cama e dando um beijo em sua testa.

Fiquei alguns minutos a admirando e pensando em como eu era sortudo por ter essa ografofa ao meu lado... E sem perceber, acabei pegando no sono.

Cell phone ➸ Chandler Riggs Onde histórias criam vida. Descubra agora