Lily/Whatsapp

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- Hey, entra. - falei assim que abri a porta pra Alaska.

- Licença. - ela diz entrando.

- Quer comer algo? - perguntei.

- Não, obrigada. - ela falou. - Acabei de almoçar.

- Ah, tudo bem então. - falei. - Vamos começar então.

- Vamos. - ela falou.

- Tá tudo bem? - perguntei. - Tá um pouquinho estranha.

- É que... - ela parou. - Antes de começarmos, queria te dizer uma coisa.

- Pode falar. - falei.

- Bom... - ela começou. - Eu não sei se você vai querer continuar sendo minha amiga depois disso, mas...

- Alaska, fala logo. - disse.

Naquele momento meu coração começou acelerar. Eu pensei milhões de coisas... Pensei que ela era amiga da Maya e estava só brincando comigo... Pensei em coisas que só acontece em novela, mesmo.

- Eu tenho tdah. - ela falou. - É por isso que não participo das aulas de educação física.

- Tdah é...? - perguntei envergonhada e percebi que ela riu.

- Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade mais conhecido como tdah. É um transtorno que aparece geralmente na infância, como foi o meu caso. E acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Bom, os sintomas são... Desatenção, inquietude e impulsividade. - ela explicou.

- Alaska, porque não me contou antes? - perguntei.

- Medo... Vergonha. - ela disse.

- Ei. - falei pegando na mão dela. - Nós somos amigas... Não precisa ter vergonha de dizer qualquer coisa pra mim.

- Nós somos amigas a pouco tempo.
- ela disse.

- Sim, é verdade. - falei.  - Mas você me contando isso, provou que confia em mim e eu quero retribuir isso... Quero que sejamos amigas de verdade,  e que você possa contar comigo sempre.

- Obrigada, Lily. - ela disse e me abraçou.

- Não precisa me agradecer, Las. - falei

- Las? - ela riu de mim.

- Boba. - falei. - Vamos terminar o trabalho logo.

**

Ficamos a tarde toda fazendo o trabalho e conversando. Paramos algumas vezes pra comer pipoca e chupar sorvete, mas sempre voltávamos a fazer.

**

- Não acredito que terminamos. - falei enquanto guardávamos as coisas.

- Já são quase 6 horas. - ela riu.
- Preciso ir pra casa.

- Quer ficar e jantar aqui? - perguntei.

- Minha mãe me mata. - ela riu. - Vou indo.

- Ok . - falei a levando até a porta.

- Até amanhã, Li. - ela disse.

- Até amanhã, Las. - eu ri de mim mesma

Levei as coisas para o meu quarto e fui lavar a louça. E então escutei o barulho da porta.

- Mãe? - gritei.

- Sim, Lily. - ela respondeu.

- LILY! - Nina me abraça com tudo.

Cell phone ➸ Chandler Riggs Onde histórias criam vida. Descubra agora