Fiquei na cozinha comendo e esperando Mingus descer, mas o idiota não descia então subi com um lanche e batatas para ele.
- Por que não desceu? - perguntei entrando no quarto e vendo ele deitado. - Você não está dormindo. - O cutuquei. - Af, Mingus.
- Me deixa dormir. - ele falou.
- Te trouxe comida. - falei.
- Você não consegue me comprar comida. - ele disse. - Não sou você.
- Tem batata. - falei.
- Droga! - ele disse se sentando. - Cade?
- Toma. - entreguei pra ele rindo e sentei ao seu lado. - Você está bravo?
- Sim. - ele respondeu enquanto comia.
- Bravo tipo muito bravo? - perguntei.
- Apenas bravo. - ele respondeu.
- Mas bravo bravo ou bravo? - insisti.
- Apenas bravo, Katelyn. - ele falou.
- Mas muito? - perguntei.
- Não. - ele disse grosso.
- To te irritando? - perguntei
- Sim. - ele respondeu.
- Quer que eu pare? - perguntei
- Tanto faz. - ele respondeu.
- Por que você tá tão bravo?
- Não gostei da brincadeira. - ele disse.
- Desculpa. - falei. - Por favor.
- Não tá mais bravo? - perguntei e ele bufou.
- Ainda estou. - respondeu.
- Bravo bravo ou bravo? - perguntei novamente.
- Apenas bravo. - ele afirmou.
- Quando vai parar de ficar bravo? - perguntei.
- Não sei. - ele respondeu. - Quando eu me vingar.
- Tem coragem de se vingar de mim? - perguntei.
- Você teve coragem de fazer isso comigo. - ele disse.
- Tudo bem então. - falei.
- Tá brava? - ele perguntou.
- Sim. - respondi.
- Brava brava ou brava? - ele riu.
- Apenas brava. - falei segurando a risada.
- Por que somos tão crianças? - ele perguntou rindo.
- Não sei. - eu ri. - Parou de ficar bravo?
- Parei. - ele disse. - E você?
- Parei também. - falei. - To ficando com sono.
- Claro! São quase cinco horas.
- Vamos dormir? - perguntei.
- Vou só levar o lanche na cozinha. - ele disse.
- E as batatas? - perguntei.
- Comi. - ele riu. - Já volto.
Enquanto Mingus foi levar as coisas na cozinha fiquei arrumando a cama. Peguei meus dois travesseiros e um no guarda roupa para o Mingus. Uma coberta pra mim e uma pra ele, já que ele nunca soube dividir.
- Já deitou? - ele pergunto ao entrar
- To muito cansada. - falei.
- Nem me esperou. - ele disse.
- Estou muito cansada. - repito.
- Tão cansada que não podia me esperar? - ele insistiu.
- Qual parte do muito você não entendeu? - perguntei rindo.
- Grossa. - ele falou se deitando do meu lado. - Boa noite então senhora muito cansada.
- Boa noite palhaço. - falei rindo e ele apagou o abajur. - Sem beijo? Então tá.
- Achei que estava muito cansada para ganhar um beijo. - ele debochou.
- É? - ironizei. - Acho que vou ficar muito cansada por um mês.
- Não brinca com isso. - ele disse.
- Eu ouvi um greve de beijo? - debochei.
- Katelyn! - ele disse. - A última vez que você fez isso foi porque eu esqueci de trazer coxinha pra você.
- Isso é como se esquecer do meu aniversário. - falei.
- Você é muito dramática. - ele disse
- Não sou. - falei.
- Verdade, você não é dramática, você é o drama. - ele disse rindo e eu ri também.
- Vamos dormir vai. - falei.
- Greve de beijo? - ele perguntou.
- Sem greve de beijo vai. - falei e o beijei. - Boa noite babaca.
- Boa noite dramática. - ele falou sorrindo enquanto beijava minha testa.
Mingus ficou fazendo carinho no meu cabelo e ficamos de mãos dadas e logo apagamos juntos.
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Cell phone ➸ Chandler Riggs
FanfictionComo eu poderia imaginar que minha vida mudaria tanto assim de um dia para o outro só pelo fato de ter esquecido meu celular na convenção? Eu nunca imaginei que sonhos poderiam se tornar realidade, mas acredito que da mesma forma que alguns pesadelo...