Eu e o Vini estávamos em uma relação indefinida. Não estávamos namorando, mas depois da minha festa, sempre que nos encontrávamos rolava alguma coisa. Então numa quarta-feira ele me mandou uma mensagem pedindo pra eu o acompanhar no casamento da tia dele. Aceitei e pedi pra ele me enviar o convite oficial (queria saber qual traje usar). Ao me enviar o convite, vi que o casamento era na sexta, mas eu tive algumas dúvidas e mandei a seguinte mensagem:
"Vi aqui que o casamento é de noite e em um sítio que é meio longe da cidade. Nós vamos dormir lá?"
Em seguida ele respondeu:
"Olha, lá é um sítio bem grande, tem muitos quartos, mas não cabe todo mundo, então meus pais vão dormir lá e eu vou voltar com você no carro."
Eu concordei e disse que ia combinar com a minha mãe. Contei pra ela, que hesitou por um momento, mas concordou, desde que eu voltasse antes das 4 da manhã. Quando contei para o Vini, ele ficou meio desapontado, mas não podia enfrentar a minha mãe.
Quando a tão esperada sexta feira chegou, eu já estava decidida que ia com o vestido rosa claro da minha festa, um salto alto, faria uma maquiagem leve e colocaria um simples acessório branco no cabelo.
Cheguei na casa do Vini já pronta e assim que me viu, ele deu um sorriso fofo e tímido e me disse que eu estava muito linda. Percebi que a gravata dele era da cor do meu vestido. Tiramos umas duas fotos e saímos. No caminho inteiro ele ficou segurando minha mão e fazendo carinhos nela, que mais pareciam cócegas.
O casamento foi lindo, parece que saiu de um sonho. O cheiro da grama e as velas suspensas deram um toque especial. Estava apaixonada pela cerimônia e quando percebi minha cabeça estava encostada no ombro do Vini e estávamos de mãos dadas novamente. Nos últimos minutos do casamento, me recompus e os noivos saíram, com o sorriso mais pleno do mundo.
A cerimônia foi acompanhada de uma festa de alto nível. Tinha até umas bebidas alcoólicas exóticas, que eu provei algumas, já que toda hora que eu via o Vini ele estava bebendo uma diferente. Depois de um tempo a pista de dança começou a esquentar e ele me puxou pra dançar. Tocava uns jazz bem animados, passando pela música pop e, por fim funk.Já era uma hora da manhã quando resolvi ir embora. Procurei o Vini e vi que ele não estava nada bem, sem conseguir se firmar direito, de tanto que havia bebido. Conversei com a mãe dele e ela me pediu para que fossemos embora de táxi e que eu levasse ele pra casa e ficasse lá.
Pedi o táxi, e assim que ele chegou, o Vini entrou no carro e deitou no meu colo, quase desmaiado. Demoramos uma hora pra chegar na casa dele, desci ele do caro, paguei o táxi e agradeci o motorista. A chave estava no bolso dele, abri a porta e vi meu primeiro obstáculo, a casa dele era cheia de escadas. Como eu ia fazer pra subir uma pessoa que não conseguia nem andar direito? Com muito custo levei ele até o quarto.
Deitei ele na cama e tirei os sapatos dele. Fiquei sem saber o que fazer depois, mas resolvi deixar ele só com a blusa. Afinal, estava muito calor e o cinto da calça e a gravata deviam machucar ele. Tirei a gravata, desbotoei o cinto e tirei a calça dele. Comecei a suar de nervoso, então peguei um lençol, cobri ele e desci para a sala.