A noite

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Entrei no elevador e quando a porta estava fechando, alguém parou ela. Era o Caíque. Ele entrou e ficou em silêncio.

-Achei que você ia ficar com os meninos. -Falei com ele.

- Achei que era melhor ficar aqui. Com você.

-Mas eu não vou ficar no elevador pra sempre. Vou pro meu quarto.

-Então temos que aproveitar o máximo possível do seu tempo aqui. -Ele disse ficando de frente pra mim e apoiando o braço na parede em que eu apoiava as costas.

Naquele momento, senti arrepios, frio na barriga, borboletas no estômago e tudo possível. Sabia o que ia acontecer depois daquele beijo, mas resolvi não me importar. Nos beijamos no elevador e confesso que foi bem interessante. Mas acabou. O elevador parou e eu percebi que havíamos chegado no nosso andar.

O Caíque me seguiu até meu quarto em silêncio, ficou me observando da cabeça aos pés, com aquele sorriso maravilhoso e único. Abri a porta do quarto e ele a fechou depois de entrarmos. À aquele ponto eu já estava nervosa e a ponta dos meus dedos estavam geladas. Ele foi para o meu quarto, sem falar nada, mas ele sabia que eu queria que ele estivesse ali. Nenhuma palavra foi necessária para expressar nossas vontades.

O clima do elevador voltou, mais forte. Olhei no fundo daqueles olhos castanhos escuros e dei um sorriso. Nos beijamos novamente, com mais intensidade e eu tirei a blusa dele. Minha respiração foi ficando pesada. Não sei porquê, mas eu estava completamente ansiosa. Uma mistura interminável de sensações e sentimentos enchiam minha cabeça, que estava completamente vazia de pensamentos.

Ele tirou minha blusa e meu sutiã. Olhei para o meu próprio corpo e perguntei:

-Decepcionado?

Talvez aquela não seja a palavra perfeita para o momento, mas pareceu necessária. Eu sempre tive a impressão de que os meninos imaginavam que eu era uma coisa totalmente diferente da realidade, fisicamente falando. Meu corpo não é de nenhuma modelo, está muito longe disso. Por isso, minha insegurança.

-Por que eu estaria? - O Caíque perguntou, interrompendo meu devaneio.

-Bom, porque eu sou g... - Ele me interrompeu com um selinho e disse sorridente.

-Você é perfeita pra mim.

Aquelas palavras tiraram todos os sentimentos ruins que eu tinha dentro de mim. Não soube o que falar, apesar de tudo, o Caique sempre foi carinhoso comigo. Então eu simplesmente sorri. Deitei na cama e ele tirou o short dele e o meu. Ele também deitou, de modo que ficou em cima de mim. Então ele me beijou da cabeça aos pés. Beijou minha boca e foi. Foi bom, foi perfeito, foi um dos melhores sentimentos que eu já tive na vida. Percebi que ele também estava curtindo o momento. Tinha uma expressão leve e feliz.

Como ele não podia dormir no meu quarto, infelizmente, ele teve que ir embora. Eu estava quase adormecendo, mas percebi que ele me deu um beijo na bochecha e tentou fazer o menor barulho possível.

 Eu estava quase adormecendo, mas percebi que ele me deu um beijo na bochecha e tentou fazer o menor barulho possível

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