2. Olhares

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oi gente ^~^
então, essa fic é de um projeto que tá rolando no spirit e eu decidi postar aqui também porque sim. bad decisions é curtinha, tem uns doze capítulos de acordo com o plot (prólogo + epílogo ) e os capítulos não são muito grandes, e ela não é tão complexa assim, embora eu não esteja só jogando os personagens na história sem me preocupar com mais nada; eu acho que é só isso, então espero que gostem :)

Fazia menos de três anos que eu fazia parte da melhor escola de ensino público de Mokpo.

Depois de muito insistir para que meus pais me autorizassem a frequentar uma escola onde eles não teriam de pagar rios de dinheiro todos os meses, eu, finalmente, estava matriculado a uma escola pública, pela primeira vez na vida.

Desde de muito pequeno, estava acostumado a estudar em uma sala com, no máximo, vinte alunos, onde cada um tinha sua própria mesa, seu próprio material e seus próprios livros. E quando eu me vi cercado de quase cinquenta pessoas dentro de um lugar com apenas um ar-condicionado fraco, foi impossível não querer tudo o que tinha de volta. Principalmente porque, quando se é filho de um homem bastante respeitado em todo território asiático, e de uma mulher admirada ao extremo por romances escritos em séculos passados, toda a atenção dada a eles é respingada em você de alguma maneira.

Foram incontáveis as vezes em que eu ouvia cochichos nas mesas do refeitório sobre minha personalidade e sobre mim como um todo, todos eles mascarados com olhares desviados que não passavam despercebidos. Com o tempo, aprendi a me acostumar, principalmente depois que Bambam, meu melhor amigo de infância, viera para a Chapae, mas ainda era desconfortável estar em um lugar com mais de quinhentos jovens que sabiam praticamente tudo sobre a sua vida, já que ela está estampada em cada folha dos jornais diários e revistas mensais da cidade.

E depois de dois anos e meio, eu meio que ignorava todos os cochichos que sempre apareciam depois de alguma novidade sobre mim que, de alguma maneira misteriosa, eles descobriam. A maioria, claro, boatos, onde eu tinha saído com mais pessoas do que poderia contar na mão direita.

Mas eu não era o único; como toda escola de ensino médio, as panelinhas vistas em filmes americanos eram a mais pura verdade. Em todo canto, havia um grupinho que não se misturava com os outros, os que faziam parte do time de basquete da escola, o grupo de dança, o grupo de teatro, as garotas que se achavam bonitas demais, as que se achavam bonitas de menos e outros.

Eu, Choi Youngjae, nunca me encaixei em nenhum deles, porque eu não sabia fazer nada. Minha mãe era a pessoa mais criativa que já conheci na vida, isso está bem claro nas suas ficções também, e meu pai, um cérebro, mas eu não herdara nada além dos fios castanhos dela e o sobrenome dele.

Infelizmente, apesar de todos os grupinhos, eu ainda era considerado o nome mais proferido pelas bocas dos alunos, de acordo com a pesquisa do Bambam, mas havia um grupo que, com certeza, poderia se igualar com nosso.

E ele era composto por Mark Tuan, um garoto americano que arrancava suspiros por onde passava, Park Jinyoung, que parecia um modelo, e Im Jaebum, que era o "cabeça" do grupo e sempre estava com a mesma expressão de "fuckboy" e uma jaqueta de couro surrada no corpo.

Eu me pegava olhando para cada um deles as vezes, mas ficava difícil fazer quando eles mal compareciam as aulas e passavam todo o tempo escorados no muro de uma antiga construção derrubada pelo tempo, com cigarros nas mãos e expressões vazias no rosto.

Acontecia muito.

— Isso daqui tá insuportável hoje.

Pisquei os olhos, vendo Bambam se aproximar com uma bandeja contendo os nossos dois lanches.

Bad decisionsOnde histórias criam vida. Descubra agora