10. Euforia

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ATENÇÃO

eu tô muito insegura com esse capítulo, então, por favor, me digam o que vocês acharam quando terminar de ler, tudo bem?

era pra sair mais cedo, mas fiquei assistindo os mv do nct repetidamente, perdão hehe

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Durante minha detenção, tive tempo de sobra para torcer para que a vida de Im Jaebum fosse mais interessante do que ficar quarenta minutos depois do horário preso na escola, porque se não fosse, eu provavelmente me arrependeria de ter dito todas aquelas coisas para ele mais cedo.

Quando entrei na sala ao lado de Jaebum, atraindo olhares curiosos que denunciavam a confusão de me ver com ele e naquele lugar, o projetor transmitia um vídeo sobre competências socioemocionais que os alunos problemáticos da Chapae já estavam cansados de assistir a cada detenção, por isso que ninguém parecia prestar atenção em algo que não fôssemos nós. Me direcionei ao final da sala o caminho todo de cabeça baixa.

Não tive a oportunidade de tentar perguntar por que ele tinha me arrastado para um lugar como aquele, porque a senhorinha sentada no birô me olhava com um olhar mortal demais para que eu conseguisse olhar para o lado por mais de cinco segundos sem achar que poderia morrer a qualquer instante. Por isso, os trinta minutos seguintes se passaram com meu olhar vagando de rosto em rosto, imaginando por qual motivo aqueles outros alunos tinham ido parar ali. Vez ou outra ele encontrava o de Jaebum, que parecia tão entediado quanto o meu.

E eram nesses encontros não intencionais que eu deixava que meu olhar descansasse sobre seu rosto por mais tempo que os outros, observando seus olhos tão escuros quanto o cabelo que contornava seu rosto pálido e sem expressão. Mas aquilo não o deixava menos bolino, pelo contrário: era quase que fascinante observar como a boca vermelha se contrastava do rosto branco.

Antes que pudesse pensar em mais coisas sobre Im Jaebum, aquele que ultimamente ocupava meus pensamentos mais do que o usual, minha mente focalizou o garoto de cabelos castanhos parado na porta, olhando para mim com um olhar confuso, e depois para a professora que supervisionava os alunos.

— Com licença, a diretora está chamando o Choi Youngjae.

Olhei para a professora que tinha uma expressão desgostosa no rosto, provavelmente porque deixar alunos infelizes dentro de uma sala tediosa era seu passatempo favorito, mas mesmo assim ela assentiu sutilmente e eu peguei minha bolsa ao lado da cadeira em que estava, rumando para fora da sala da detenção.

No corredor, Bambam me esperava encostado nos armários com a mochila apoiada em apenas um dos ombros e os braços cruzados. Quando sentiu minha presença, desviou o olhar dos tênis para olhar nos meus olhos e me lançar o olhar mais julgador que eu já recebera dele.

Suspirei, soltando minha mochila perto dos meus pés.

No domingo, quando contara à Bambam que achava que Jaebum poderia me ajudar e que eu estava muito interessado em saber como as coisas funcionam do outro lado da cidade, um lado onde as pessoas não tinham motorista particular, horário para chegar em casa e muito menos roupas de grife, o tailandês ficou alguns segundos sem dizer nada, apenas me encarando como se eu tivesse dito aquilo em outra língua. Depois, Bambam sentou-se na minha cama e disse que não achava que aquilo era uma boa ideia.

Sinceramente, eu tinha decorado o seu discurso. Bambam falou sobre tudo o que eu ouvia nos corredores sobre Jaebum, nenhuma vírgula fora do lugar para que ao menos eu considerasse que aquilo saíra da sua cabeça e não da boca dos outros. Eu só o ouvi porque já sabia de todas aquelas coisas, mas nenhuma delas conseguia diminuir a vontade que eu estava de fazer aquilo. Sentia meu sangue correr mais rápido toda vez que Jaebum falava uma mísera vogal ou olhava no fundo dos meus olhos como se fizesse aquilo há anos e soubesse cada passo meu. Simplesmente não conseguia ignorar tudo aquilo.

Bad decisionsOnde histórias criam vida. Descubra agora