11. Pontos equidistântes

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espero que gostem!!! e desculpa a demora e qualquer erro rs

obrigada afraidharry pelas ideias e 3rracha pelas cobraças por att <3

feliz natal szsz

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Quando acordei pela manhã na quarta-feira, havia uma mensagem de Bambam de 12 horas atrás dizendo que sentia muito e que não queria ter dito todas aquelas coisas no meio do corredor, mas que eu sabia o que estava fazendo e não iria contra o que eu pensava agora. Não respondi de imediato porque não sabia o que responder. Invés disso, rumei para o banheiro e fiquei embaixo da ducha de água quente durante alguns minutos a mais, pensando se aquela responsabilidade realmente tinha que recair sobre minhas costas e se, de alguma maneira, eu era o errado na história.

A parte racional da minha cabeça me mandava ir pedir desculpas ao Bambam e esperar que ele pedisse desculpas de volta porque nossa amizade era maior do que qualquer coisa. Mas a parte emocional magoada soava como uma vozinha tenebrosa no fundo dela, me dizendo que, pelo menos naquela situação, eu deveria levar em consideração o que eu queria. E bem no fundo eu sabia que a aprovação de Bambam ou a falta dela não conseguia impedir que aquilo que eu estava sentindo explodisse dentro do meu estômago.

Saí do banho e passei uma blusa azul escura lisa pelos braços e uma calça frouxa marrom claro pelas pernas, apanhando um casaco de dentro do armário quando senti a brisa gelada entrar pela janela recém-aberta. O espelho com uma moldura lisa ao lado do closet refletia minha imagem com clareza: eu parecia o mesmo, sem nenhum desvio de luz.

Durante o banho, me questionei se Jaebum tinha o poder de conseguir mudar minha essência, coisa que eu senti que faltara pouco para Bambam despejar bem na minha cara no dia anterior. Supus que ele achasse que a influência do garoto de olhos negros fosse me tornar um viciado sem teto. Mas agora me olhando no espelho, relembrando tudo o que Bambam disse... eu ainda era o mesmo. Com Im Jaebum me oferecendo um copo de uísque ou não. Talvez em uma situação usual, eu não aceitasse, mas não era mentira que uma hora ou outra eu iria querer sentir a ardência descendo pela minha garganta.

Puxei o celular do bolso, procurando o contato de Bambam.

cyj: preciso de um tempo pra pensar, tudo bem? espero que entenda xx

Bambam visualizou no minuto seguinte, mas não respondeu nada.

Enfiei o celular de volta no bolso, arrumei minha bolsa devidamente e desci as escadas. Nem minha mãe nem meu pai estavam em casa, o que me deu liberdade para encontrar Seongbuk tomando um café na área de serviço junto a algumas empregadas.

Quando apareci no recinto, ele quase engasgou.

— Sr. Choi — tossiu enquanto fazia uma reverência, sendo acompanhado pelas outras mulheres, igualmente desconfortáveis por eu estar em um ambiente tão informal quanto aquele —, devo ter me atrasado hoje, me desculpe.

Sorri amigável quando ele começou a procurar a chave do carro pelos bolsos.

— Não! Eu quem estou adiantado. Não se preocupe, pode terminar de tomar café da manhã, vou para a escola caminhando hoje, tudo certo? Não comentem com o meu pai e ficarei eternamente agradecido. Até mais — falei tudo rapidamente, saindo da área de serviço antes que algum deles tentasse me impedir de o fazer.

Pluguei meus fones de ouvido no celular quando já estava na calçada, pegando o caminho mais longe para a escola enquanto alguma música aleatória tocada e eu enfiava as mãos nos bolsos do casaco quentinho.

Bad decisionsOnde histórias criam vida. Descubra agora