3. São e salvo

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filma quem disse que não ia passar dos 2k.
espero que gostem do capítulo e eu provavelmente vou demorar uma semanazinha pra vir com outro porque eu estudo em tempo integral e eu não tenho tempo nem de dormir.
é isso, xoxo.

— Terminei! — Bambam se pronunciou.

Impulsionei meu corpo para frente, sentando-se na cama macia dele, enquanto meu amigo sorria orgulhosamente para o notebook a sua frente aberto em uma das dez páginas cheias de letrinhas do word.

Era por volta das cinco horas da tarde e eu não estava em casa embolado nos lençóis com meias cobrindo meus pés em casa porque nós tínhamos um trabalho de Literatura para começar e entregar na próxima semana. E já que nenhum de nós dois gostamos de acumular tarefa e Bambam tinha uma facilidade enorme com a escrita, viemos direto para a sua casa, que não ficava muito longe da escola, para fazê-lo.

Na verdade, nós passamos a tarde inteira fazendo nadas e jogando conversa fora porque ele disse que não estava inspirado para que nós começássemos o trabalho, até que eu fiquei inquieto e tentei pelo menos começar. Depois de umas duas horas, eu já tinha, suficientemente para mim, três páginas completas, mas Bambam disse que eu era lento demais, então tomou o aparelho de mim e terminou as nossas dez páginas enquanto eu ia no banheiro, passava na cozinha para pegar um bolinho de chocolate e cochilava por dois minutos na sua cama.

— Nem consigo imaginar o que sai da sua cabeça quando não está inspirado — disse, lendo por cima o nosso conto bobinho de amor e Bambam sorriu tímido.

— Tá bom, tá bom — ele afastou minhas mãos quando terminei de ler, salvando tudo. — Quando você chegar em casa, olha se não tem nenhum erro e, se tiver, ajeita para a gente entregar logo isso.

Assenti, e depois puxei o celular do bolso para conferir se não havia nenhuma mensagem dos meus pais preocupados com o meu atraso de quatro horas, mas nenhuma notificação brilhava na tela. O empurrei de volta para o bolso traseiro da calça, levantando da cama de Bambam e procurando meus tênis pelo quarto.

— Você já vai? — Perguntou quando eu me escorei na escrivaninha para calça-los.

— É, já vai escurecer e eu tenho que estar em casa antes que meus pais cheguem — disse, e Bambam entortou a boca, descontente.

— Tudo bem, então. Quer que eu peça para a mamãe ir te deixar? — Ele perguntou, pegando o celular nas cobertas que acabara de apitar, indicando uma nova mensagem.

— Não precisa, Bamie, mas obrigado — sorri, jogando a mochila nos dois ombros e observando-o ler a mensagem e sorrir tímido logo depois.

Mordi o lábio.

— Aish, diga para Jackson te chamar logo para sair antes que eu tranque vocês dois numa sala de aula — disse.

Bambam arregalou os olhos, as bochechas cheinhas ficando avermelhadas parecendo uma criança até ele jogar um travesseiro em mim, sem conseguir conter o sorriso envergonhado.

— Vá embora, Choi Youngjae! — Ele disse e eu gargalhei, correndo até a porta para que ele não me jogasse outra coisa.

Jackson era um garoto que estagiava na nossa escola, e ele e Bambam eram aqueles amigos que se gostam, mas que negam até o ultimo fio de cabelo porque "isso iria arruinar a nossa amizade, você não vê? E ele nem gosta tanto de mim assim, agora pare de falar nele" nas palavras do meu melhor amigo meio burro, porque está na cara, literalmente — porque o mais velho o olhava com tamanha admiração, que era impossível não notar —, que Jackson é completamente apaixonado por ele.

Bad decisionsOnde histórias criam vida. Descubra agora