Namoro de Mentira II - True Love

Capítulo 37

Liam sorriu gentilmente para a mulher, mas seus dedos acariciaram a palma de minha mão tranquilizando, e eu respirei fundo.

__ Olá, Hanna.

__ Que surpresa ver você aqui. -Ela para em nossa frente e finalmente me nota, seu sorriso não diminui, mas não é tão animado para mim.- Ah, sim. Emma não é?

__ Sim. Sou. -Respondi, tentando um sorriso.

__ Bom. -Ela rapidamente virou-se para Liam outra vez e eu não gostei do brilho que havia em seus olhos.- Tenho alguns amigos me esperando lá dentro, o que acham de tomar algo?

__ Agradeço, Hanna. -Liam começa e eu remexo em silêncio pedindo para ele negar.- Mas nós já estávamos de saída.

__ Ah, entendo. -Sua boca curvou-se em desagrado, mas rapidamente mudou o semblante para sorridente.- Foi bom vê-lo, Liam. E conhecer você, Emma.

Nós nos despedimos rapidamente e assim que cheguei à rua, suspirei feliz. Eu pude ver a maneira que ela observava Liam e que algo já havia acontecido entre eles, mas ignorei. Não vou deixar que nada estrague a noite.

Senti que paramos de andar, Liam entrelaçou nossos dedos juntos e me puxou para si, seus lábios macios e quentes instigando os meus e trazendo calor em meu coração. Soltei minhas mãos e o abracei apertado, sua boca beijou demoradamente minha testa e eu respirei seu perfume.

__ Eu te amo. -Sussurrou em meus cabelos e eu o beijei novamente.

Caminhamos tranquilamente de volta para o iate, demorando um pouco na praia. Em algum momento entre o balanço do iate no mar eu dormi nos braços do Liam, enquanto escutava cantarolar alguma canção.

Acordei ainda mais sonolenta quando ele com todo o cuidado me deixou na cama e se deitou ao meu lado, após trocar a roupa para uma calça moletom. Fui de encontro a ele, buscando o calor e voltei a dormir.

Eu acordei com cheiro de algo queimando e imediatamente abri os olhos ao sentir a cama vazia demais. Pulei da cama e segui o aroma, chegando a cozinha. Liam resmungava sozinho, com uma panela na mão enquanto balançava um pano com a outra e observava bolinhos queimados sobre a pia.

Eu sorri a ver sua feição emburrada e caminhei até ele, meus braços circulando sua cintura enquanto dou um beijo em suas costas, o homem que amo respirou profundamente deixando a panela e o pano sobre a pia para me observar.

__ Eu peço desculpas por ser o pior cozinheiro do mundo. -Se desculpa, suas mãos acariciando meu rosto.

__ Você não é o pior cozinheiro. -Sorri.- O jantar estava maravilhoso.

__ Quase cortei todos os meus dedos fora. -Conta com um sorriso, seus olhos brilhantes.

__ Para isso você tem a mim. -Pisquei.- Você sabe?

__ Está dizendo para fazer café ou porque é médica? -Brinca.- Sou um cara de sorte, sei disso.

Balancei a cabeça e pedi para ele sentar enquanto eu arrumava a bagunça, fui ao banheiro lavar o rosto e escovar os dentes e voltei parar preparar o café. Faltavam mais três dias para o ano novo e aquilo dava um frio na barriga. Passei por tanta coisa este ano que é louco parar para pensar.

__ O que foi?

__ Nada. Só que... é quase ano novo.

__ Eu sei. -Liam suspirou.- Esse ano foi de loucos e de longe o mais emocionante da minha vida. Sabe? O mais feliz e desesperador.

Eu sabia do que ele falava e concordei em silêncio. Desde que o encontrei minha vida não é mais a mesma e eu agradeço por isso, mesmo com todas as coisas ruins que aconteceram em meio de tudo isso, ainda estamos aqui. E é tudo que posso querer.

__ Ainda não acredito em como você apareceu como um louco em minha porta. -Ri baixinho.- Sabe? Eu pensei que você estava surtando.

__ Sim. Eu me lembro. -Liam ri, suas mãos estendidas para que eu caminhasse até ele.- Aquele dia eu estava pensando sobre isso, eu não queria fazer nada daquilo, mas estava tão chateado porque todos queria mandar em mim que surtei e seu nome apareceu porque você sempre parecia tão bonita, mas intocável que acabei em sua porta. E foi a melhor loucura da minha vida.

__ Somos malucos.

__ Mas pense nisso como algo divertido e novo para contarmos aos nossos filhos. -E lá estava ele falando sobre um futuro novamente. Há dias que o vejo murmurar algo sobre filhos, ou sobre escolher uma casa maior e mais reservada. Seus olhos brilham de entusiasmo e eu não consigo não sorrir junto. Mesmo que ache tudo muito rápido, eu o amo e simplesmente não me vejo em um futuro com outro alguém. Ele percebe meus olhos brilhantes e sorri beijando minha testa.- Sabe, já consigo ver você contando toda a historia a eles.

__ Eles? E quantos filhos você pensa em ter, Payne? -Sorrio de volta.

__ Não sei. Não vamos contar. -Continua animado.- Só quero ter tudo com você, Emma. Filhos, um lar, uma vida inteira ao seu lado.

__ Eu também. -Sussurrei de volta, nossos lábios se encontrando lentamente, o ar pesado e tudo ao redor sumindo. Até que o escutei rir baixinho e me afastei confusa.

__ Acho que agora você está queimando nosso café, meu amor.

Eu resmunguei chateada e ele gargalhou ainda mais alto e acabei o acompanhando. É, realmente posso imaginar aquilo sempre.

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