28.

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- Como te sentes a fazer de vela? - o André brincou com o Afonso. Os três tínhamos vindo almoçar a um restaurante e estávamos à espera de ser servidos.

- Sinto-me uma vela muito bonita, obrigado por perguntares. - brincou de volta.

- Quando é que estas a pensar deixares de ser vela? - perguntei referindo-me a namoradas.

- Lamento informar, mas não tão cedo. Aturar uma rapariga dá muito trabalho, estou bem a ser uma vela bonita. - ele disse fazendo-me rir.

O almoço estava a correr tão bem que parecia até que a minha vida era perfeita, sem qualquer problema. Mas como a minha mãe diz muitas vezes, por mais que fujamos ou tentamos esquecer, os problemas acabam sempre por nos encontrar. E o meu problema acabou de entrar, de mãos dadas, no restaurante. Olhei para o Afonso que tinha a mesma expressão que eu.

- Que caras,o que se ... - o André começou, mas não terminou a frase quando viu o motivo - Queres ir embora? - perguntou.

Era o que mais queria, vê-los aos sorrisinhos e de mãos dadas dá-me vontade de vomitar. Mas não vou mudar a minha vida por causa deles. - Não, tenho que me habituar a esta situação, afinal vivo na mesma casa que ele.

- Mas não precisas, podes te mudar lá para casa se quiseres. - olhei para ele surpreendida, não estava mesmo à espera. - Sim eu estou a falar a sério, se é isso que estas a pensar.

- Acredita que ia adorar e era o que mais queria neste momento. Mas tenho um pai em casa que não ia gostar da brincadeira. - falei imaginando a cara do meu pai se eu decidisse fazer isso. Não seria muito engraçada.

- Já és maior de idade, podes fazer o que quiseres.

- Já venho, vou à casa de banho. - O Afonso, que tem estado muito calado, disse levantando-se. Tanto eu e o André acenamos com a cabeça e continuamos a nossa conversa.

- Eu sei que sou maior de idade, mas continuou a ser dependente dos meu pais financeiramente. Eles fazem muitos esforços por mim e pelo meu irmão, não quero ser ingrata.

- Tudo bem, mas sempre que me quiseres fazer companhia à noite, estas à vontade. Eu até agradeço a companhia.

- Sabes muito, sabes! - ri-me, mas a minha gargalhada foi interrompida por um estrondo grande e berros.

- Voltas a falar para ela assim, parto-te todo. - conhecia perfeitamente aquela voz. Levantei-me rapidamente e corri até à confusão e vejo o meu irmão a tentar bater ao Afonso, a única coisa que o impedia era um empregado que estava no meio dos dois. O André, que vinha atrás de mim, quando se apercebeu do que se estava a passar, não hesitou em afastar o meu irmão do seu, agarrando-o pela camisola.

- A princesinha não pode se defender sozinha, precisa que o irmão a defenda. - o meu irmão provocou o Afonso.

- André não, é o meu irmão por favor! - gritei agarrando-lhe o braço que se preparava para lhe dar um soco.

- A tua irmã é que devia ter vergonha de ter um gajo como tu como irmão! - o André disse antes de o soltar!

-Olívia vamos. - o meu irmão disse e ela obedeceu, mas não antes de olhar para mim com um sorriso de satisfação.

Estava tão confusa. Mas que raio é que acabou de se passar aqui?

Hey meus amores,
O que acharam do capitulo? coitadinho do Afonso 😢
Por acaso de nenhuma de vocês quer ser muito boa pessoa e dar-me um pouco de vontade para estudar? É que precisa-se 😂😂😂
Espero que tenham gostado do capítulo 💙

Million Reasons || André Silva ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora