Million Reasons || André Silva ✔

33.

Ria-me assim como as pessoas à minha volta, sendo estas o André, o Afonso e os pais dos mesmos. Estava a ser um jantar tão agradável, os irmão contava historias de quando eram mais novos e os pais recordavam o quanto era difícil manter-los  fora de sarilhos. Sentia-me tão bem com eles, como se já fizesse parte da família.

- Se foste contra o portão a culpa não foi minha, estivesses atento. - o André defendeu-se do Afonso que o culpava pela sua cicatriz na testa.

- Tenho tanto orgulho de vocês os dois! - a dona Anabela disse olhando para os seus filhos com aquele olhar que só uma mãe têm. - Aih André vai me custar tanto quando fores para Madrid, mas não podia estar mais orgulhosa por ires jogar para o Real. - aquelas palavras atingiram-me de uma tal forma, não estava nada à espera que aquelas palavras saíssem da boca dela. Não acredito que o André não foi capaz de me dizer. Olhei para ele, que sabia que tinha feito asneira, e falei baixo:

- Preciso de ir à casa de banho, com licença. - levantei-me depressa e fui para o quarto do André.

Lutava contra as lágrimas e a vontade de chorar, não queria chorar. Estava tão chateada, não acredito que ele me escondeu isto, não acredito que ele não me contou. Ele pensava o quê? Que não ia descobrir, que ia conseguir esconder isto até ao dia que se fosse embora.

- Emma, eu ia te contar! - disse atrás de mim tocando no meu braço.

- À quanto tempo é que sabes? - queria saber à quanto tempo ele tem escondido isto.

- Duas semanas, mas ainda não assinei nada. - pôs-se agora à minha frente.

- Mas é certo que vais, senão não tinhas contado aos teus pais.

- Sim é. - as suas mãos estavam no meu rosto, e com os polegares acariciava levemente as minhas bochechas - Olha para mim! - não o queria fazer. Não consegui conter mais e deixei as lágrimas cair. - Olha para mim! - insistiu.

- Duas semanas André, tiveste duas semanas para me contar. Não merecia saber assim. Pensei que tivesses mais consideração por mim. - não conseguia esconder a desilusão. 

- E tenho, mas não sabia como te contar. Ver-te assim era o que queria evitar. 

- É muito bonito dizer isso agora, mas não pensaste que podias bem ter evitado me ver assim, se me tivesses contado logo que soubeste, se me tivesses preparado para ouvir isto. Mas não, preferiste que descobrisse assim, pela tua mãe, que coitada na sua inocência e orgulho deixou escapar o teu segredinho.

- Eu sei que estas chateada e tens razões para estar, mas não pensei que isto fosse acontecer, eu ia contar-te. - deu ênfase no "eu" - Desculpa eu errei, mas por favor não vamos discutir, é o que menos quero agora. - era o que menos queria também, mas não lhe tinha custado nada me dizer, mesmo que me custasse, a mim, ouvir. É uma decisão que nos afecta aos dois.

Abracei-o e encostei a minha cabeça no seu peito e expressei alto os meus pensamentos - E agora? O que é que vamos fazer?

- Não sei, mas também ainda não estou preparado para ter essa conversa! - não disse nada porque afinal, eu também não estava.

Hey meus amores,

Queria vos agradecer, porque acho que nunca o fiz, por lerem e gostarem da historia, significa muito para mim. Adoro escrever esta história e não há nada melhor como saber que alguém gosta e segue o nosso trabalho. Por isso mais uma vez muito OBRIGADA.

Bem digam-me o que acham que se vai passar, vai afectar a relação deles, não vai?

Até ao próximo capitulo :D