35.

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- Despacito, Quiero respirar tu cuello despacito, Deja que te diga cosas al oído o Afonso cantava mais alto que o rádio, o que é incrível porque o radio já estava incrivelmente alto.

- Afonso eu juro pelo que é mais sagrado neste mundo, que se eu não chegar a Lisboa inteira que eu mato-te sem dó nem piedade. - maldita a hora em que eu concordei que fosse o Afonso o condutor.

- Calma, esta tudo controlado. - ele não podia estar mais calmo.

- Controlado? Quase que tivemos um acidente à uns quilómetros atrás. - disse lembrando-me do susto que apanhei.

- Não aconteceu nada, mas se tivesse acontecido a culpa não era minha, era do outro condutor. - ele defendeu-se, e era verdade, mas também era verdade que se ele viesse mais atento e devagar que a hipótese de ter o acidente não existia. - Para quê tanto medo? Já disse que esta tudo controlado. o Zé e o Hugo vão bem, não se vão a queixar. - claro que não vão, estão a dormir que nem pedras, nem sei como é que conseguem, com o radio e o Afonso a cantar.

Só tem carta à um mês e já pensa que é o melhor condutor do mundo. O resto do caminho foi minimamente calmo, tirando a parte em que ele quase atropelou uma velhinha numa estação de serviço. O que eu não faço pelo André. 

Quando chegamos, finalmente a Lisboa, jurei a mim mesma que nunca mais. No caminho de volta o Afonso não vai a conduzir nem que os porcos voem. E se ele for a conduzir, não entro no carro, prefiro apanhar o comboio. 

- Vês chegamos são e salvos. - não disse nada porque acho que a minha expressão facial já dava bem a entender o que estava a pensar.

- Bem falta três horas para o jogo, por isso temos tempo para ir ao MC comer alguma coisa, para depois irmos para o estádio. - informei-os dos planos, porque sou eu quem manda.

Fomos então comer e quando já estávamos no carro outra vez, como o Afonso no volante, para a minha tristeza, para ir para o estádio, recebi uma chamada do André. Achei estranho pois ele nunca me liga antes de um jogo.

- Hey, que se passa? - perguntei.

- Nada, só me apeteceu falar contigo antes do jogo. - que fofo.

- Estas nervoso? - perguntei.

- Um bocadinho, estou mais ansioso, mas nada que não passe na hora do jogo.

- Só quero que saibas que és o meu orgulho e que independentemente do resultado isso não vai mudar. E sei que todos os portistas sentem o mesmo.

- Nós só não queremos desiludir os adeptos. - ele falava baixo.

- Se derem o vosso melhor e jogarem para ganhar, tenho a certeza que ninguém vai ficar desiludido. - motivei-o.

- Obrigada, agora vou ter que desligar que já chegamos ao estádio. Vemo-nos no fim do jogo, Amo-te.

- Também te amo, és o meu orgulho não te esqueças. - disse antes de desligar.

- "és o meu orgulho não te esqueças" - o Afonso tentou imitar a minha voz, fazendo o Zé e o Hugo rir. Olhei para ele séria.

- Conduz e cala-te!

Hey,
Nem sei como é que consegui acabar de escreve este capitulo, nervosa como estou.
Espero que tenham gostado e espero que o Porto ganhe logo e Azul e Branco é o Coração 🔵⚪

Million Reasons || André Silva ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora