Capítulo 17

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Muito obrigada a todos vocês que acompanham. Espero que a história esteja os agradando.
- Boa leitura ❤👑

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Há anos que não participo de uma reunião com os ministros e conselheiros do meu pai. Depois do meu escândalo, me ignoraram completamente. Acharam que não sou digna do sobrenome e nem de ser filha de um rei tão sábio.

E hoje, estou aqui outra vez. Ao lado do meu pai, e todos eles assentados em volta da enorme mesa redonda. Me senti desconfortável no início, mas como eles não me olharam desde que cheguei, me tranquilizei.

Já eram quase onze da manhã quando Andrew resolveu iniciar a reunião.

- Bom, diante de todos os acontecimentos recentes, muito sangue foi derramado. Vilas estão sendo incendiadas, pessoas capturadas. Estão roubando ouro, joias, tudo. E estão avançando muito rápido.

Ele falou com firmeza. Sabia cumprir exatamente a sua função. O discurso era o que eu mais admirava nele quando o observava ainda pequena.

- Sendo assim, eu decidi que nós devemos impedir o avanço. Não podemos permanecer de braços cruzados enquanto esses bárbaros, seja quem forem, tira proveito de nosso povo.

Enquanto a sala permanecia em silêncio, Edward se levantou e o meu pai permitiu que ele se pronunciasse.

- Majestade, entendo o que as pessoas da vila estão passando. É claro que não podemos ficar parados. Mandarei que os soldados partam para as fronteiras do Norte imediatamente.

Antes que Edward - Antigo General - saísse do lugar, meu pai o interrompeu.

- Não será necessário. Eu mesmo farei isso. Irei com eles até lá.

Afirmou, e os membros do Conselho o olhavam espantados. Mas não se pronunciavam. Todos tinham medo dele.

- Mas... Desculpe o questionamento, Senhor. Mas é muito perigoso. Só as coisas que ouvimos desses monstros, nos deixam horrorizados.

- Edward, minha filha foi sequestrada. Meu povo está em perigo. Se eu arriscarei a vida dos meus homens, arrisco a minha também.

Bom, dessa vez ele me surpreendeu. Espero que não seja só da boca pra fora.

- Eu não compreendo. Mas a decisão é do Senhor. Apenas estamos curiosos para ser se o senhor deixará alguém para acalmar a população. Claro, eu posso resolver.

Já disse que acho esse cara ganancioso? Não? Pois eu acho!

- Muito obrigado Edward! Você é um dos meus homens de confiança. Mas quero o meu país estável enquanto estiver fora.

Prevenindo um golpe Militar, imagino.

- Por isso, o deixarei na regência da filha, Katherine.

Meu sangue parecia ter entrado em estado de fusão. Contive a expressão séria e a postura adequada. Não os deixaria saber que estava com medo.

Antes que os murmurinhos começassem, Andrew começou a falar.

- Vocês auxiliarão ela nos afazeres, e não permitirei qualquer tipo de discórdia. Katherine ficará por ser educada especialmente para essas ocasiões. Espero voltar logo.

Os membros olhavam Para mim de maneira fria. E eu, mantinha o pouco de controle que ainda tinha.

- Reunião encerrada!

Decretou, batendo fortemente o martelo.

Eu ainda não tinha me dado conta de que a partir daquele momento, eu teria tamanha responsabilidade. Quer dizer, na teoria é uma coisa, já na prática...
Tenho medo de não ser suficiente.
Não sei se consigo ser tão honesta, justa, firme, e gentil.

Mas como não tenho opção, devo tentar.
Afinal, é a primeira vez que vejo o Andrew preocupado com a família desde que a mamãe se foi.

👑

Depois de assimilar tudo o que aconteceu, caminhei lentamente até a janela que dava vista para todo o Jardim e observei os soldados se apresentando antes da partida.
Todos bem uniformizados, com expressão cansada, outros sem expressões. Incertos sobre o retorno.
Se veriam outra vez suas famílias... Tudo pelo Reino.

Nada disso me agrada. Mas é a regra.

Respirei fundo e virei-me para a porta. Christopher estava parado lá, com os olhos fixos em mim. Notei que suas vestes não eram de soldado, mas digna de um Príncipe.
Ele caminhou até mim e de repente se curvou.

- Christopher, o que está fazendo?

Perguntei e ele olhou para mim.

- Soube que ficará na regência. Vim para fazer as honras.

Sorriu de leve.

- Você é o primeiro, obrigada.

- Estou orgulhoso de você. Amadureceu muito e tenho certeza que será uma excelente governante. Boa sorte!

- Ahh, obrigada! Essa roupa caiu bem em você.

Comentei e ele sorriu ainda mais.

- Meu trabalho como guardião acabou. Você já sabe se cuidar sozinha.

- Quer dizer que... você vai embora?

Franzi o cenho e ele assentiu com a cabeça.

- Preciso retomar a minha vida. Primeiro ajudarei o rei a procurar Beatrice, depois quero recomeçar. Só vim aqui me despedir mesmo. Você queria tanto se livrar de mim, agora está finalmente livre.

- Obrigada por tudo. E se precisar de alguma coisa, qualquer coisa, eu farei o que puder. Será sempre bem-vindo!

Sorri amigavelmente. Já não achava ele tão insuportável assim.

- Eu ficarei bem! Você é forte, vai conseguir passar por tudo isso. Se cuida!

👑

- Eu não entendo o que você vê de tão especial aqui

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- Eu não entendo o que você vê de tão especial aqui.

Pude ver em seus olhos que ele achou absurdo o que eu disse.

- Eu gostaria de te dizer. Mas ainda não está preparada para ouvir.

Falou olhando em meus olhos. Levantando logo em seguida.

- Eu deveria saber?

Minha curiosidade insistia em querer a resposta. Ele já estava na porta, quando virou para mim.

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